Dirigido por Christopher Nolan, um dos maiores nomes do cinema atual, “Tenet” é o mais recente thriller com ficção cientifica do diretor. Fazendo seu filme do gênero de espionagem Nolan apresenta ao público um personagem que não é nomeado no longa, “O protagonista” ( John David Washington ) como é chamado, é um agente especial da CIA que acaba por entrar em uma cruzada para evitar a terceira guerra mundial, que está vindo desta vez do futuro.
Como é característico nos roteiros originais de Christopher Nolan aqui o diretor brinca com a estrutura do tempo, no entanto, desta vez o mesmo se precipitou e elevou sua complexidade, quase megalomaníaca, ao extremo criando uma narrativa confusa e pouco didática para o público. O diretor não menospreza nem um pouco a inteligência do espectador de modo com que acabe por também não explicar nada bem, fazendo com que o conceito que já é complexo se torne ainda mais difícil de entender.
A direção como um todo é muito boa conseguindo criar cenas memoráveis e muito bem pensadas, a fotografia sem dúvida se destaca muito tanto em situações normais, quanto nas cenas de ação e a trilha sonora se une a ela quase que intrinsecamente compondo excelentes momentos. O recurso da inversão temporal é utilizado de maneira brilhante pelo diretor ao longo de toda a obra, sendo este um dos grandes destaques do filme.
O elenco do longa chama muita atenção, com grandes nomes como John David Washington e Robert Pattinson, dentre outros, todos executam seus papéis com excelência, entregando ao público todas as emoções necessárias quando preciso e sempre com muito carisma.
Em “Tenet” vemos um dos se não o filme mais intricado e nem um pouco fluido de Christopher Nolan, com uma narrativa pobre e pouco explicada, Nolan respeita a inteligência do espectador mas não a da material para trabalhar. Mesmo sendo um show visual com ótimas cenas de ação e grandes reviravoltas, “Tenet” decepciona por ser confuso, apressado e indeciso narrativamente.
3/5