Quando pensamos em clássicos atemporais, no cinema, essa lista costuma ter longas que já estamos até cansados de ouvir. O Poderoso Chefão, E O Vento Levou, Casablanca, e por ai vai. Mas quando exploramos melhor essa lista, encontramos pérolas, que os fãs da sétima arte tem que ver pelo menos uma vez na vida. Esse é o clássico 12 Homens e Uma Sentença, longa do então debutante Sidney Lumet, que é uma aula em todos os quesitos que so pode imaginar.
Assim sendo, no filme, um jovem porto-riquenho é acusado do brutal crime de ter matado o próprio pai. Quando ele vai a julgamento, doze jurados se reúnem para decidir a sentença, levando em conta que o réu deve ser considerado inocente até que se prove o contrário. Onze dos jurados têm plena certeza de que ele é culpado, e votam pela condenação, mas um jurado acha que é melhor investigar mais para que a sentença seja correta. Para isso ele terá que enfrentar diferentes interpretações dos fatos, e a má vontade dos outros jurados, que só querem ir logo para suas casas.
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O elenco estrelar
É difícil dissociar Henry Fonda deste filme. Mas todo o elenco do filme é composto por lendas da indústria. Temos aqui Lee J. Coob, Jack Klugman, EG Marshall, John Fiedler, nomes que fizeram história no cinema e no teatro.
Lumet sempre teve uma abordagem intemista com os atores que trabalhou, e os tranformava nos ”heróis” morais da sociedade. É só ver seu trabalho em Sérpico e Network por exemplo. Onde essa dinâmica fica implicíta, e em 12 Homens e Uma Sentença, ele já mostra uma de suas marcas registradas.
Vale a pena?
A começar pelo ambiente, é formidável como Lumer nos apresenta toda a angústia e suspense do longa, utilizando apenas uma locação. A excessão são os 3 minutos finais do longa. E muito disso foi possível graças ao grande trabalho do jogo de camêras. A cada ato do filme por assim dizer, as lentes vão se aproximando dos personagens, toda vez que isso acontece, cada personagem enxerga que sua convicção do fato não é verdadeira. E vemos suas angústias sendo transparecidas através das lentes dando mais close em seus rostos, e transformado a sala numa espécie de buraco, que vai se afunilando neles.
Além disso, temos os diálogos implácavei do longa. Onde fica explicíto para o público, a motivação de cada jurado ao dar a sentença de culpado. Desde o preconceito, ao tanto faz, e ao que só quer sair dali para ver seu jogo, Lumet nos mostra como a sociedade tem seus erros, e desfaz aprofunda o enfoque na questão do preconceito. Além disso, existe a grande jogada de mestre do filme, que é fazer do público o 13º jurado. Isso porque, não temos nenhuma imagem ou take do crime, assim sendo, é missão do telespectador criar seu próprio julgamento. E cada detalhe que é posto como dúvida pelos personagens, apesar de bobos em certo pensamento, são cruciais, e nos fazer ver todo o crime por um ângulo único.
Por fim, 12 Homens e Uma Sentença é aquele filme em que não se mexe um único bloco do que está em tela. É uma obra-prima, e, usando um clichê, o filme que todo advogado precisa ver.
Trailer do filme
Ficha Técnica
Direção: Sidney Lumet
Roteiro: Reginald Rose
Duração: 95 minutos
País: Estados Unidos
Gênero: Drama
Ano: 1957
Classificação: 12 anos
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