Crítica | Atypical – Quarta Temporada

Crítica | Atypical – Quarta Temporada

4ª temporada de Atypical surpreende, mas deixa a desejar!

Como uma série pode surpreender e deixar a desejar numa única temporada? Bem, a resposta dessa pergunta se deve aos caminhos tomados pelos protagonistas. Nesse sentido, para quem assistiu as outras temporadas, não custa relembrar, em Atypical temos Sam, um rapaz no espectro autista em busca da independência; Casey, a implicante irmã de Sam; Elsa e Doug, os pais protetores; Zahid, seu melhor amigo; e Paige, sua fiel namorada.

Desse modo, cada personagem possui um caminho próprio nessa nova temporada, mas que se interlaçam em determinados momentos. Após uma decepcionante terceira temporada, os roteiristas tiveram que “dar seus pulos” para apresentar uma trama mais interessante. Então, como ápices do desfecho da série, temos a tão sonhada independência de Sam; Casey e seu processo de aceitação da sua sexualidade; e Doug, com seus ótimos diálogos e o processo de luto que acaba surgindo durante os eventos.

Casey, Zahid e Sam se abraçando.
Divulgação / Netflix.

Pontos fortes

Dentre os pontos citados anteriormente, a trama de Sam (obviamente) é a principal e se encarrega de sustentar todo o enredo, após visitar seu amigo Stumpy no aquário decide então seu objetivo de vida, viajar para a Antártida. A partir de então ele começa a se preparar para tão sonhada aventura; e durante essa preparação, podemos apreciar excelentes diálogos entre ele e Zahid, Paige e até mesmo com Doug, que acaba tendo um papel fundamental no desfecho da série.

Ademais, Casey não nos decepciona quando o principal tema é representação, aceitação e luta pela identidade de gênero. Com Izzie ao seu lado, desfrutamos de ótimas cenas, sejam elas protestando, de romance ou cômicas. Além disso, fomos apresentados a um arco com Doug, em que passa pelo luto de seu amigo, de forma simples, mas bem executada, percebemos suas dores, e seus diálogos com Evan surpreendem, personagem que foi bem apagado na terceira temporada, e nessa possui esse pequeno arco de redenção.

Sam e Casey em um freezer se preparando para o frio da Antártida. Da série Atypical.
Divulgação / Netflix.

Pontos fracos

O principal ponto fraco da temporada, é o fato de ter uma subtrama para cada personagem. Nesse sentido, as subtramas acabam sendo muitas, de forma a não desenvolver tão bem as tramas principais citadas acima. Outro fator que interfere na qualidade, é que mesmo tendo essa quantidade de subtramas, ainda nos é apresentado diálogos meramente cômicos que não agregam em nada, e combinações de personagens que simplesmente não se encaixam, por exemplo, Casey e Paige, obtendo situações “toscas” e até desagradáveis.

Além disso, outra personagem que não agregou em nada na temporada foi Elsa, ela estava ali só por estar mesmo, e caso não fosse a mãe, e sim algum amigo, teria sido facilmente cortada de 90% das cenas em que participa. De mesmo modo, a aventura de Sam é muito interessante; no entanto, os obstáculos enfrentados por ele para que tais eventos possam acontecer são muito absurdos, já que tudo acontece de forma “fácil” demais, sendo que uma viagem para a Antártida não é tão simples assim.

Casey e Izzie no sofá, quarta temporada de Atypical.
Divulgação / Netflix

Conclusão

Por fim, a quarta temporada de Atypical surpreende ao mostrar temas tão importantes, mas deixa a desejar quando se trata de desenvolver os eventos que levam a conclusão final da série. Ou seja, ela consegue trazer vários assuntos e introduzi-los de forma coerente; mas quando precisa andar com ele e chegar em algum ponto, acaba se perdendo, e causando o desinteresse em continuar assistindo.

Por outro lado, o seu final definitivo (aquele que acontece nos últimos 10 minutos do último episódio), consegue passar a sensação de um real desfecho para a série; por meio de pequenas conversas entre personagens específicos, nesse sentido, personagens que se encaixam, como Sam e Zahid, Casey e Doug, e vários outros. Dessa forma, a série Atypical vai ficar guardada por muitos como leve, divertida, com ótimos temas e um final bem fechadinho.

Nota: 3.5/5

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