A mais nova obra de Taika Waititi é sem dúvidas um longa que abraça tudo aquilo que outrora foi apresentado aos espectadores que tiveram o prazer de acompanhar a direção de Taika em outros sucessos como: Jojo Rabbit e claro o título que antecede seu mais novo projeto Thor Ragnarok.
Love and thunder é uma carta de amor aos fãs do personagem. Recheado de cenas frenéticas, uma trilha sonora que torna excepcional para todos aqueles que são apaixonados por músicas dos saudosos anos 80, em alguns momentos o amálgama entre as cenas de ação e a música é tamanho que facilmente podem ser comparados com vídeo clipes de sucesso, o que certamente atrai com facilidade o público jovem.
Sua trama que gira em torno de três personagens e propositalmente dividindo a atenção do espectador entre a nova Thor, Gor e claro o já conhecido Odinson, este que não é encaminhado a uma nova direção o enredo apenas honra toda a jornada do personagem em seu autoconhecimento, e mesmo que não apresente grandes novidades para o mesmo é maravilhoso acompanhar todo o trajeto da evolução do filho de Odin como personagem, é perceptível seu amadurecimento desde seu controverso primeiro longa no Universo Cinematográfico da Marvel.
Jane que agora empunha a antiga arma do deus do trovão contracena e em alguns casos rouba a cena de seu antigo interesse amoroso de forma tão natural, que até mesmo aqueles que outrora nutriam certo receio da personagem certamente ficaram boquiabertos com todo o carinho e a atenção que Waititi teve ao desenvolver a personagem em tela. Vela voando, disparando raios e claro lutando contra os emissários do carniceiro de deuses são sequências que certamente valem a pena serem vistas e revistas no cinema.
E não há como ignorar a brilhante atuação do mais novo e icônico rosto da Marvel Studios Christian Bale que dá vida a Gor o carniceiro de deuses. Este que tem quase que toda sua história original transmitida a este novo longa, conto esse que vem diretamente da mente criativa de um dos melhores roteiristas de quadrinhos da atualidade o inconfundível Jason Aaron, que deu vida a uma das melhores histórias em quadrinhos já escritas sobre o universo do deus do trovão que ao mesmo tempo que é uma jornada épica e não uma crítica, mas algo que forma o leitor ainda que de uma forma sutil. A se questionar sobre alguns dogmas e tudo aquilo que cerca as religiões e crenças da humanidade. E Taika ainda que obviamente não adapte 100% do que é visto de Gor nas páginas consegue transmitir toda a essência e questionamentos do personagem para as telonas.
A forma como o diretor apresenta os núcleos de cada um dos três personagens que são essenciais para o desenrolar da trama é de longe uma das melhores coisas do longa, pois ele apresenta com calma ainda que algumas vezes de forma irônica e cômica, aquilo que cerca cada um dos personagens suas motivações, seus desejos mais íntimos e claro aquilo que vai unindo o núcleo de cada um deles. Que nas primeiras cenas está propositalmente afastado e aos poucos se unindo até o momento do seu épico clímax.
Sua trilha sonora assim como seu enredo é algo que abraça e muito tudo aquilo que foi visto em Ragnarok, mas desta vez elevado a nona potência o diretor não tem receios na hora de exagerar nas músicas e nas cenas de ação frenéticas. Obviamente algo que a princípio possa ser o causador de receios, mas é inegável que esses elementos casam quase que perfeitamente com Thor e todo o universo que cerca o personagem de Stan Lee.
Quando nos atentamos a sua fotografia somos imbuídos com imagens simplesmente épicas, assim como a imagem já vista pelo grande público em materiais de divulgação do longa onde vemos Thor encontrando um Deus caído em um reino gélido e desolado, como todo o cenário que cerca a batalha final e a icônica cidade da onipotência que abriga celestiais e as mais poderosas e reluzentes divindades do universo Marvel.
E estes são só alguns exemplos dos cenários fabulosos que rodeiam o novo longa que novamente expande seu universo, principalmente com a primeira de suas duas cenas pós créditos que mais uma vez enche os corações com a ansiedade para novos materiais e as mentes de todos aqueles que acompanham este vasto universo com mais perguntas do que respostas.
Em suma Love and Thunder é um filme recheado de tudo aquilo que vimos em seu antecessor com uma pitada de romance, certamente não é um filme perfeito ele tem sim suas falhas como qualquer outra obra cinematográfica, mas inegavelmente é uma que merece ser vista e revista em uma experiência que só uma sala de cinema pode proporcionar.
Aliás; você vai comprar algo na Amazon esses dias? Então venha apoiar a TEAM COMICS e compre pelo nosso link: https://amzn.to/3w4vSIE
Ficha Técnica
Título original do filme: Thor Love and Thunder
Direção: Taika Waititi
Roteiro: Taika Waititi, Jennifer Kaytin Robinson
Duração: 119 minutos
País: EUA
Gênero: ação/aventura
Ano: 2022
Classificação: 13 anos