O segundo episódio de The Last Of Us continua construindo sob o alicerce levantado em seu piloto, não só dando prosseguimento à jornada de seus protagonistas, como também nos fornecendo novas informações sobre a epidemia retratada na obra.
A abertura, apesar de não ser nada que se destaque cinematograficamente falando, ainda assim é suficientemente interessante e competente para prender a nossa atenção. Ela funciona bem como uma ferramenta expositiva e cumpre perfeitamente o seu papel na trama de fornecer-nos um background maior sobre a gênese da pandemia.
A história nos dias atuais ainda é, como já era esperado, a maior qualidade da produção, tanto no viés visual quanto no narrativo.
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Terror e Surpresas
Os diálogos do roteiro são ótimos, combinam bem e soam naturais para os seus respectivos personagens. A maquiagem também realizou um trabalho fenomenal juntamente com os efeitos especiais para criar o visual dos infectados deste EP. Além disso a ambientação continua sendo espetacularmente bela e absurdamente fidedigna.
Todavia o maior mérito desse capítulo certamente é o uso e a construção de elementos de terror na cena do museu. Eu não quero revelar muita coisa, pois não quero estragar a experiência de ninguém, mas ainda assim eu faço questão de salientar que diretores consagrados do gênero em Hollywood não conseguem fazer em filmes inteiros o que Neil Druckmann fez em 10 minutos na sua série.
Entretanto, apesar do Ep 2 de The Last of Us gozar de grandes qualidades, ele também possui um enorme defeito. E ele envolve a cena final, que apesar de ter sido bem escrita e bem atuada, pecou bastante em sua execução.
Muito choro pra pouco impacto
Sendo mais específico, mas sem mergulhar em spoilers, o evento do final desta segunda parte do seriado, além de ser previsível, ainda porta do agravante de ter sido mal elaborado, pouco impactante e muito estranho.
Eu não quero comparar muito a série ao jogo, pois são 2 linguagem e mídias completamente diferentes. Mas não dá pra não notar erros crassos dos realizadores no tocante a essa transporte do Playstation pra HBO. Entre eles está o equívoco de não preparar melhor o terreno para que o impacto do ato final deste EP possa nos impactar em sua completude sentimental e narrativa. Enquanto no game haviam se passado 3 horas entre o dia 0 e a ***** d* ****, no seriado mal haviam se passado uma hora e meia, e com isso nós não tivemos a oportunidade de estabelecer um laço forte com este indivíduo antes da sua reviravolta ocorrer.
A série se beneficiaria muito de mais algumas cenas estabelecendo tal coadjuvante antes que este encontre o seu destino, mas a HBO julgou que somente a performance dos intérpretes e a nossa nostalgia pelo jogo seriam suficientes para nos gerar comoção.
Spoiler Alert: Não gerou.
Pelo menos não pra mim.
E eu joguei todos os jogos da saga, mas mesmo assim não pude deixar de notar a falta de zelo dos produtores com a cena final deste capítulo, que não passou de uma amálgama de clichês e bizarrices. E sinceramente? Ainda bem que eles copiaram o diálogo exato do jogo, porquê caso contrário aí sim que o plot twist não ia funcionar nem um pouco.
Mas apesar de tudo…
The last of us Ep 2, assim como seu antecessor, é mais um acerto da HBO. Não é um tão colossal quanto foi o seu piloto, mas ainda assim ele entretêm, assusta e diverte.
E espero muito que permaneça assim até o final da série.
Ou ao menos da temporada…
Ficha Técnica
Título original: The Last of Us
Direção: Neil Druckmann
Duração: 56 minutos
País: EUA
Gênero: Suspense, Terror e Aventura
Ano: 2023
Classificação: 18 anos
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