Cidadão Simulator – Onde cada risada é uma lagrima

Cidadão Simulator – Onde cada risada é uma lagrima

“Cidadão Simulator” é uma adaptação feita por Flavia Al-Gazi e por Fernando Henrique, do jogo feito por Molleindustria chamado “The New York Times Simulator”. Ambos os jogos são comentários sobre como a Imprensa trabalha como mecanismo de manutenção dos interesses da Burguesia. Cidadão Simulator é uma parodia de como o jornal Estado de São Paulo, apelidado “Estadão” opera enquanto veiculo de noticias e formador de opinião.

A Realidade Bate a porta em Cidadão Simulator

Manchetes como “Uma escolha muito difícil”, desfilam em ritmo acelerado. “Cidadão Simulator” opera mostrando o ritmo jornalístico “onde o jornal de hoje embrulha o peixe de amanha”. Inicialmente, o jogador pode se ver envolvido em uma dinâmica frenética de otimizar o posicionamento de matérias com manchetes estrategicamente formuladas. No entanto, à medida que o fluxo do jogo se torna mais familiar, um aspecto crucial emerge: a maioria dessas manchetes corresponde a manchetes reais publicadas pelo jornal Estado De São Paulo.

O fato de existirem manchetes reais do Estadão no jogo, é um tempero salgado (com o sabor das lagrimas da classe trabalhadora brasileira). Esse aspecto proporciona o jogador, uma gama de sentimentos que mescla o Dejavu, com o cômico.

Adestramento do Editor e sua Engenharia Reversa

Ao treinar ativamente o jogador sobre como melhor satisfazer a massa de leitores enviesada para manter o jornal funcionando, Cidadão Simulator também incita o jogador a reconhecer esses padrões na vida real. Recursos como eufemismos e o uso da voz passiva são constantemente expostos. Ao reduzir as notícias a meras manchetes em uma página única, o jogo reflete a realidade do consumo nos meios de comunicação de massa na atualidade. A maioria das pessoas lê apenas a manchete, ao se deparar com uma postagem nas redes sociais.

O jogo não explicitamente orienta o jogador a seguir as normas tácitas do jornalismo. É possível redigir manchetes que abordem de maneira corajosa e direta temas noticiosos, mesmo que esses possam alienar parte dos leitores, posicionando tais matérias na primeira página com o intuito de proporcionar uma informação que se considere essencial ao público.

Embora essa abordagem possa reduzir a audiência e desagradar segmentos demográficos-chave, isso não constitui necessariamente um resultado negativo. Em um contexto simulado, pode-se argumentar que até mesmo veículos renomados, como o Estadão em si, poderiam enfrentar sua própria derrocada.

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