Quando a franquia Premonição chegou ao seu quinto filme, no longínquo ano de 2011, poucas pessoas imaginavam que, ali, o final da franquia vinha se desenhando. Este final de fato, chegou a ser levado muito a sério, entretanto, a ideia de existir um Premonição 6 foi confirmada pouco tempo depois. Mas o que se viu foram longos 14 anos de espera por um novo título.
Premonição 6: Laços de Sangue chega para dar um ar de novidade a uma franquia que já não conseguia se encontrar. Após o sucesso dos três primeiros filmes, o 4º e o 5º filme da saga, afastou a base de fãs conquistada, e afastou possíveis novos fãs. E, apesar de centrar sua trama e roteiro numa fórmula totalmente nova, o novo filme da franquia escorrega ao tentar soar grandioso e esperto, mesmo orbitando muito perto do chão.
Em Premonição 6: Laços de Sangue, a universitária Stefanie (Kaitlyn Santa Juana) é atormentada por sonhos recorrentes nos quais presencia o desabamento de um prédio e a morte de várias pessoas.
O que ela ainda desconhece é que essas visões são premonições herdadas de sua avó, que também aparece em seus pesadelos. Decidida a impedir o ciclo de tragédias que persegue sua família, Stefanie embarca numa busca para desvendar a origem desse mal e encontrar uma forma de quebrar o destino que a aguarda.
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Uma nova concepção da morte em Premonição 6
Premonição 6: Laços de Sangue traz como ar de novidade, uma nova configuração nos planos da morte. Como dito no título do longa, a morte agora age num grupo familiar, ao invés da velha fórmula, que consistia num grupo de estranhos unidos pela premonição de algum sortudo. Esta nova ideia é o grande ponto do filme, que refresca a fórmula, e deixa o filme de alguma forma, mais preso e angustiante.
Entretanto, o ritmo do longa é um ponto muito aquém do que vemos logo no início. Aliás, como é corriqueiro, a cena da premonição é um dos ápices do filme. E de certo, agrada os tanto os fãs mais antigos, como os mais novos. Ao trazer um restaurante numa torre, e brincando com cada elemento do lugar, os diretores Zach Lipovsky e Adam Stein pensaram em várias formas mirabolantes de como a morte poderia agir naquele espaço.
Entretanto, como dito no começo, o ritmo do longa é algo que não condiz com todo o entorno. Ao tentar trabalhar um peso dramático para a família de Stefanie, os diretores não conseguem encontrar apoio nessa sustentação. Seja pelo fraquíssimo trabalho do elenco coadjuvante, ou mesmo pela dose exagerada de comédia, que entra como uma forma de escape e leveza, que não condiz com o momentum que estamos vendo.
Todo esse ritmo meio ‘anti-climax’, ressoa de forma mais forte no final do longa. Onde o abuso do CGI faz inveja até para o filme de ação mais genérico que possa vir a existir. Além de apresentar uma razão que une todos os filmes, que sinceramente, ao invés de ser um dos grandes momentos do filme, acaba por virar apenas uma explicação estapafúrdia em meio a tudo de mais estapafúrdio que é mostrado ao longo do filme.
Vale a pena ver Premonição 6?
O grande motivo de excitação nos filmes da franquia Premonição, sempre foram as formas surreais que os diretores encontravam, para matar seus personagens. Seja por meio de caminhões sem rumo, ou um cortador de grama, a fama da franquia reside nesses absurdos. E Premonição 6 é um prato cheio para essa excitação. Entretanto, o longa como um todo não se sustenta como um filme que, daqui a alguns meses, eu queira ver novamente. Ele é sem ritmo, o elenco exala todo fedor, menos química, e se for um fechamento para a franquia, é uma despedida melancólica.
Por fim, vale aqui mencionar o melhor momento do filme, que é a despedida do ator Tony Todd. Morto no último ano, ele era um dos rostos da franquia, e felizmente, o trato dado ao ator no longa, foi de respeito e gratidão por todos os momentos que ele entregou a saga.
Trailer do longa
Ficha Técnica
Título Original: Final Destination: Bloodlines
Direção: Zach Lipovsky, Adam B. Stein
Duração: 1h 50min
Gênero: Terror, suspense
Ano: 2025
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