A Hipótese do Amor e o drama acadêmico - Resenha

É muito fácil encontrar pelos velhos e bons corredores de qualquer universidade alguém que já pensou, em algum momento, em jogar tudo para o alto, trancar o curso e vender miçangas na praia. Essa, de fato, é uma experiência real dentro da academia: o drama, a competitividade, os trabalhos acumulados etc. e tal. Mas há momentos bons também. A verdade é que a vivência acadêmica é algo agridoce e bastante identificável. E é por isso que A Hipotése do Amor é um livro tão real; e essa talvez seja a razão para tamanho sucesso da obra.

O livro de Ali Hazelwood foi um dos queridinhos do TikTok gringo em 2021, o que chamou a atenção da Arqueiro, que o trouxe para o Brasil em 2022. O sucesso de lá foi o sucesso daqui. Assim, A Hipótese do Amor caiu nas graças do público, aproximando-se muito da realidade da maior parte deste (sendo um new adult clichê). No entanto, sei que a maior pergunta de todas é: é bom mesmo ou só hype desnecessário? Bom, confira a nossa resenha abaixo para saber.

A Sinopse

Olive Smith, aluna do doutorado em Biologia da Universidade Stanford, acredita na ciência – não em algo incontrolável como o amor.

Depois de sair algumas vezes com Jeremy, ela percebe que sua melhor amiga gosta dele e decide juntá-los. Para mostrar que está feliz com essa escolha, Olive precisa ser convincente: afinal, cientistas exigem provas.

Sem muitas opções, ela resolve inventar um namoro de mentira e, num momento de pânico, beija o primeiro homem que vê pela frente.

O problema é que esse homem é Adam Carlsen, um jovem professor de prestígio – conhecido por levar os alunos às lágrimas. Por isso, Olive fica chocada quando o tirano dos laboratórios concorda em levar adiante a farsa e fingir ser seu namorado.

De repente, seu pequeno experimento parece perigosamente próximo da combustão e aquela pequena possibilidade científica, que era apenas uma hipótese sobre o amor, transforma-se em algo totalmente inesperado.

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Vale a Pena?

A Hipótese do Amor é um livro muito divertido, é verdade. Com um protagonismo extremamente identificável, cenas engraçadas e o típico desespero acadêmico. A autora nos traz um cenário bem feito, já que, como ela mesma diz, a Academia é tudo o que ela conhece.

No entanto, também é verade que, em alguns momentos, ela exagera na tentativa de jogar um personagem em cima de outro. Em consequência disso, Hazelwood acaba contrariando um pouco a verossimilhança. Esse aspecto não atrapalha a química do casal principal, é claro, mas é um ponto a se discutir. Às vezes, o New Adult cai em repetições grotescas e que, apesar de fazer parte de todo um clichê (de uma perspectiva boa) que as pessoas adoram, acabam sendo apenas tediosos, o que deixa a leitura um pouco menos agradável do que poderia ser.

Apesar disso, a obra discute várias coisas de uma forma bastante consistente, assuntos como a toxidade dentro da Academia, por exemplo, são muito bem construidos dentro do universo do livro. Além disso, a autora consegue desenvolver bastante os personagens secundários.

Enfim, acredito que quem gosta de romance vai adorar este livro. É uma experiência de leitura prazerosa, apesar de seus defeitos mínimos.

E para quem leu e gostou, uma notícia boa: a pré-venda do novo livro da autora no Brasil já começou. Adquira seu exemplar de “A Razão do Amor” de forma antecipada clicando aqui.