“A Ilha” (Netflix) – Mais um filme B com Nicolas Cage

“A Ilha” (Netflix) – Mais um filme B com Nicolas Cage

A Ilha (Netflix) com Nicholas Cage é um filme com pouco mais de uma hora e meia, mas parece que tem o dobro disso. O filme se passa em 1988 e faz com que os personagens principais fiquem presos numa casa por causa da chegada de um furacão. Apresenta Nicholas Cage como Walter,  um amargurado veterano da guerra do Vietnã. Sua mulher é Fancy, vivida por KaDee Strickland, uma femme fatale que está inconformada com os rumos do seu casamento. Cage e Strickland têm as melhores atuações do filme, ainda que não sejam nada memoráveis. O restante do elenco é muito fraco e não consegue convencer em nenhum momento, muito menos fazer com a gente torça por eles. Luke Benward, que vive Buddy, é o maior exemplo disso.

O filme se arrasta com personagens chatos e situações que duram muito mais do que deveriam. O vai e vém entre a história que está sendo contada e o depoimento na delegacia só atrapalha o ritmo do filme. Mesmo assim, A Ilha ainda consegue estabelecer um ar de mistério e suspense que consegue prender nossa atenção até certo ponto (a casa grande e escura ajuda nessa percepção), mas o roteiro apresenta as motivações dos personagens de forma muito superficial, quase sem causar impacto, fazendo com que a gente pense se realmente os traumas expostos justificam determinados comportamentos.

E as lutas?

As cenas de luta têm tantos cortes, e a câmera balança tanto, que fica difícil saber o que está acontecendo. Alguns personagens tomam atitudes completamente idiotas, um exemplo é quando um deles está escondido no escuro dentro de um quarto e acende uma lanterna. Outra coisa que irrita são atitudes tomadas que demonstram contradições sem nenhum motivo. Um exemplo é Fancy, que uma hora quer fugir e depois, de repente, não quer mais. Essa crítica é sem spoilers, mas dá pra dizer que algumas situações simplesmente não fazem sentido nenhum.

A sequência de abertura não acrescenta nada à história além do motivo da cerca estar quebrada. Já a sequência final é muito longa e difícil de engolir, já que o filme força muito a barra para tentar  estabelecer uma grande conexão entre os envolvidos e justificar os acontecimentos finais. Parece que A Ilha se preocupa em ter muitas reviravoltas, e até que tem, mas são tão mal executadas que não consegue fazer com que o espectador realmente se importe com elas.

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Ficha Técnica

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