Crítica - Barracuda Queens, minissérie sucessora de Girlboss?

O formato de grupos de garotas/mulheres cometendo crimes tem ganhado cada vez mais a atenção do público em geral. Talvez por uma sensação invertida de liberdade femina ou uma espécie de girlpower as aversas, ninguém sabe. Mas esse formato de fato combinou com produções como Good Girls, As Golpistas e Oito Mulheres e Um Segredo. Dessa maneira, Barracuda Queens é uma minissérie da Netflix se debruça na temática criminal de forma mais cômica para a solução de problemas.

Uma mistura entre ficção e realidade, Barracuda Queens toma forma dentro da década de 90, com um grupo de garotas que decidem resolver seus problemas com dinheiro roubando em um bairro rico da cidade onde vivem. Assim, a minissérie constrói uma narrativa até que interessante com o passar de seus 6 episódios.

Vale a Pena?

Barracuda Queens tem um ritmo que até chega a chamar atenção do telespectador, principalmente ao ter episódios de 30 minutos. No entanto, às vezes, parece que ter esse tempo reduzido não ajuda em nada a construção da obra, que mais parece uma corrida para tornar as protagonistas engraçadinhas para o pública. É uma perpectiva falha, já que os problemas do grupo não são exatamente identificáveis, já que a maioria das garotas são de famílias ricas.

Apesar de ser baseada em crimes reais que aconteceram em uma cidadezinha da Suécia, algumas partes são produto da visão critativa dos roteiristas. O que talvez pudesse ser uma fórmula certeira, acabou sendo uma desvantagem em relação ao desenvolvimento fraco dos personagens secundários. Os pais do grupo das meninas do grupo são, em sua maioria, fracos – uma tentativa horrida de fazer o grupo parecer mais esperto do que realmente é.

Enfim, Barracuda Queens é uma minissérie que quase acerta, mas não chega lá. As personagens não tem a melhor das personalidades, a produção até tenta discutir assuntos sérios, mas de forma bastante superficial. No final, Barracuda Queens tenta, mas não consegue chegar lá.