Crítica | A Menina que Matou os Pais – A Confissão (Prime Vídeo)

Crítica | A Menina que Matou os Pais – A Confissão (Prime Vídeo)

Tratado como uma das grande estreias do mês no Prime Vídeo, A Menina que Matou os Pais – A Confissão, terceira parte de uma trilogia de Mauricio Eça sobre o caso Richthofen, chegou ao serviço de streaming na última semana. Pasmem, o diretor conseguiu o feito de se debruçar no caso durante 3 filmes, e claramente esta terceira parte pouco agrega ao conjunto da obra.

Assim, neste terceiro longa-metragem da saga de Suzane Von Richtofen (Carla Diaz) e Daniel Cravinhos (Leonardo Bottencourt). O filme retrata os dias que se seguiram ao crime, a confissão dos namorados e a investigação.

Vale a pena?

Definitivamente não. Além de pouco agregar, o filme claramente tenta cavar um buraco que já está no seu máximo. Os dois filmes anteriores nunca exploraram a parte da investigação do caso Richthofen. Missão que este terceiro filme assume e, para dizer o mínimo, a trata da pior forma possível. O caso Richthofen teve enorme repercussão em sua época, e até hoje muitos tentam teorizar e buscar respostas em torno das figuras chaves do caso. E nesta história, o diretor Mauricio Eça transforma seu novo longa numa espécie de true crime feito de qualquer jeito.

O roterio é poço sem fundo, não existe um trabalho de personagem, e em dado momento o filme abraça essa aura sensacionalista. Carla Diaz, que da vida a Suzane, entra nesse exagero, em cada take a Suzane da atriz emerge como um monstro, vociferando contra qualquer coisa ao seu redor, e o ar cômico chega a dar as caras. O diretor não sabe se vai pelo caminho de humanizá-la ou de fato expor essa figura maquiavélica da mesma. Porém, o mais incomôdo disso tudo, é que toda a investigação, que seria a trama central do filme, é lembrada em momentos vagos do filme.

Todo o caminho da investigação parece ser tratado da maneira mais simplista possível, e a coroa fica no final, quando tudo ganha um resumo em apenas 5 minutos. Além disso, toda a montagem do filme é feita para passar esse ar de true crime, com os cortes rápidos servindo como escada para um suspense inexistente. A câmera em dado momento parece agir sem rumo, com cortes rápidos e flashbacks, e mais remonta a uma novela do que a um filme.

Por fim, fica claro ao final de A Menina que Matou os Pais – A Confissão que a história não tem mais novidade alguma, e talvez seja hora de dar um descanso ao caso.

Trailer do filme

Avaliação: 0.5 de 5.

Ficha Técnica

Direção: Mauricio Eça
Roteiro: Ilana Casoy, Raphael Montes
Duração: 98 minutos
País: Brasil
Gênero: Drama, policial
Ano: 2023

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