Ninguém Vai Te Salvar | Crítica

Como vocês já sabem, Ninguém Vai te Salvar da Star+, vem agradando e muito o grande público, o longa estreou nesse Sábado com tudo. Ele não parece, mas é um daqueles filmes que chegam sem fazer muito barulho, e acabam se revelando grandes surpresas.

O longa estrelado por Kaitlyn Dever tem uma premissa simples, mas eficaz, onde coloca Brynn tendo que lidar com uma invasão alienígena. Fugindo e lutando contra as estranhas criaturas que decidem persegui-la. E é no meio desse desespero todo que a gente passa a se conectar e a entender qual é o verdadeiro terror que a jovem vive.

A História

Ninguém Vai te Salvar, é muito mais do que uma história sobre extraterrestres ou mesmo um terror propriamente dito. É Até estranho dizer que a melhor coisa de um terror alienígena é o fato de ele não ser sobre os aliens em si. Claro, temos cenas assustadoras com ETs e cenas desesperadoras de perseguição, contudo, O que torna Ninguém Vai te Salvar da Star+ diferente, é o que ele oferece além disso. Ninguém Vai te Salvar é sobre essa característica incapacitante da culpa. É possível perceber já na apresentação da personagem o quanto ela está presa nesse estado depressivo, apegada a esse sentimento e ao fardo de carregar esse sentimento por tanto tempo.

Elenco

Com uma atuação incrível da jovem Dever é fácil perceber a agonia da protagonista nessas palavras que nunca conseguem sair. Solitária e isolada, ela sempre parecia querer escapar dessa dor, mas não consegue expressá-la em palavras. O impressionante é que tudo isso é trabalhado em meio a uma luta por sobrevivência. Essa falta de falas faz com que toda a atuação de Dever tenha que ser entregue pelo olhar e expressões faciais, algo que ela entrega de uma forma fenomenal.

Trilha Sonora

Como dito anteriormente a ausência de falas do filme faz com que sintamos estranheza, contudo, isso apenas funciona por ter a parte sonora casando muito bem. Por exemplo, não adiantaria de nada a ausência de diálogos e logo em seguida, musicas muito altas ou desconexas. Contudo, todo som do ambiente acontece de uma maneira natural, onde não só a personagem age com desdém, mas seu ambiente também, trazendo a ausência de som e só aparecendo em momentos específicos.

Conclusão

É esse equilíbrio perfeito entre terror e história, que faz com que Ninguém Vai te Salvar uma surpresa tão agradável. A forma como esses elementos são costurados a partir de uma narrativa incomum ajuda a criar a tensão necessária para fazer com que todos os elementos funcionem, ainda que exija um pouco mais de esforço para ser compreendido.