Kung Fu Panda – O Cavaleiro dragão: Crítica

Kung Fu Panda – O Cavaleiro dragão: Crítica

Kung Fu Panda – O Cavaleiro dragão chega a Netflix e conquista o TOP 10.

Kung Fu Panda é uma das melhores trilogias da história da animação. E isso se deve ao fato de que a DreamWorks conseguiu algo deveras singular neste projeto: Fazer uma obra repleta de cenas de ação memoráveis, mas que também transborda substância, tendo uma trama que aborda brilhantemente temas como síndrome do impostor, discriminação, conceito de família e traumas geracionais.

Todos os 3 capítulos são longa de muita qualidade, especialmente os dois primeiros, e a marca Kung Fu Panda virou rapidamente um sucesso de marketing mundial. A DreamWorks fez de tudo com a imagem de Po e dos 5 furiosos. Brinquedos, jogos, camisas, calçados, livros, cadernos, etc…

Nada estava fora do leque comercial da produtora, nem mesmo os direitos de sua obra. Tanto é que ela já cedeu os direitos da franquia repetidas vezes para inúmeros estúdios diferentes. Primeiro para a NBC, depois para a Nickelodeon, e mais recentemente, para a Netflix.

Enfim, a vermelhinha entrou em contato com a Century Fox propondo criar uma série animada contando as aventuras de Po pós terceiro filme. A Fox aceitou, a Netflix fez o Pix, e então Kung Fu Panda – O cavaleiro dragão foi lançado.

Decepção

O enredo é ridiculamente simples. Após os eventos dos 3 filmes, Po se ve numa enrascada onde ele tem que se aliar com uma outra personagem qualquer para recuperar o McGuffifn, digo, a manopla das mãos dos bandidos lontras.

Isso posto, primeiramente, eu já vou deixando claro que a trama é ridiculamente superficial e clichê, e não adiciona nada de interessante ao Lore da saga. Os antagonistas são fracos e nada ameaçadores, a coadjuvante é uma adição desnecessária no enredo cuja qual papel na trama poderia ser facilmente substituído por qualquer 1 dos 5 furiosos, e o Po continua o mesmo de sempre, o que é algo bom, pelo menos pra mim.

Segundamente, a animação passa longe de ser das melhores. Os movimentos parecem muitos lentos e as mudanças de expressão parecem muito rápidas. Além disso, o traço passa longe de ser detalhado, e eu não gostei do design de nenhum dos 3 coadjuvantes.

Terceiramente, não faz sentido nenhum a série se passar pós os eventos de Kung Fu Panda 3. Aqui neste seriado, Po é tratado com desprezo pela população após ter deixado bandidos roubarem uma manopla. Tal aspecto da trama é extremamente artificial e incoerente, haja vista que Po já salvou a China mais de uma vez. Mas mesmo assim o povo escolheu esquecer tais atos de heroísmo, e tratar o panda com toda a indiferença do mundo, o que é de uma ingratidão tremenda, haja vista que, se não fosse por ele, provavelmente nenhum deles estaria ali pra poder reclamar.

Conclusão

Em conclusão, o mais correto seria encaixar essa aventura entre o 1° e o 2º filme, pois aí ia fazer um pouco mais de sentido a desconfiança dos moradores com o recém-proclamado dragão guerreiro. Mas não, eles botaram a cronologia dessa obra depois do terceiro filme pq estavam com preguiça de criar uma narrativa coerente e complexa pro passado e presente. Ou seja, optaram pelo mais fácil: Colocar a aventura se passando depois do fim da saga e trazer novos personagens pra trama só para encher linguiça.

Desperdício de Jack Black

Mas por incrível que pareça, a netflix conseguiu convencer o ator a fazer novamente a voz de Po para esta série. E esse é um dos poucos acertos do longa, juntamente com algumas cenas de ação e as conversas do panda com seu pai. Jack Black é insubstituível como o panda sensei. Simplesmente insubstituível.

Mas infelizmente tais elogios à tal experiência são a exceção, e não a regra. A verdade é que Kung Fu Panda – O cavaleiro dragão foi um programa absurdamente mediocre e esquecível, que usou da marca Kung Fu Panda para gerar umas views a mais pro streaming de onde eles foram comprados

Se o analisarmos a série em um vácuo, ela está longe de ser um programa ruim. Mas quando compararmos ela com a trilogia do cinema, a decepção tende a ser grande. Como foi o meu caso.

Avaliação: 2.5 de 5.

Ficha Técnica

Criado por: Peter Hastings
Duração: 11 episódios com duração de cerca de 23 minutos cada
País: EUA
Gênero: Comédia e aventura

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One thought on “Kung Fu Panda – O Cavaleiro dragão: Crítica

  1. Um comentário por demais severo e injusto para com um desenho que marcou a infância e/ou a fase de muitas pessoas. Kung Fu panda foi uma revolução não só no quesito histórico milenar da cultura chinesa na visão dos yankees, como também o foi na questão de animações do gênero ação/aventura. Isso, claro, foi posto à plena prova nas suas duas seqüências e animações derivadas. Com esse currículo, certamente outras produtoras haveriam de querer explorar a brecha que esse desenho abriu no imaginário do público. E assim, nasceu este “O Cavaleiro Dragão”. Bem verdade, que o motivo da repentina antipatia da população por Po por conta dos acidentes causados por suas incursões desastradas foi um tanto que forçada, mas não diminui em nada o carisma e a qualidade dessa nova aventura que, aliás, não fica nada a dever às outras histórias do personagem em termos de ação vertiginosa, pancadaria e uma boa pitada de criatividade que é o que o público realmente quer ver. Os outros personagens estreantes ficam como complemento ao enredo da nova história e o fato de que os grandes vilões da trama, aqui no caso duas fuinhas, apesar de aparentemente fofos, são bem ardilosos, violentos e ameaçadores. No mais, é um baita programaço pra curtir em todas as idades. É pra não perder.

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