O Homem nas Trevas 2 traz sanguinolência demais, trama de menos
Quando se trata do gênero terror, parece que os filmes são cada vez mais genéricos. E isso é extremamente frustrante para os fãs do gênero. De fato, é de consenso geral, se achar um thriler bom hoje em dia; sendo assim, quando temos algo bom surgindo, é quase inevitável o sucesso financeiro e uma sequência.
Em 2016 tivemos a grata surpresa de um filme de baixo orçamento render bastante. O Homem nas Trevas roteirizado por Rodo Sayagues e dirigido por Fede Alvarez, causou um certo frisson que garantiu um bom dinheiro para a Sony Pictures. Esurpreendendo um total de 0 pessoas, o rendimento do longa garantiu um segundo filme.
Vamos voltar um pouco no tempo para entender a fórmula do sucesso do primeiro filme. Um ex-soldado cego tem sua casa invadida por adolescentes, que estão ali para efetuar um roubo. Em meio a isso, somos apresentados a uma grande reviravolta que nos mostra que nenhum dos personagens do filme é inteiramente mocinho ou vilão. Isso sem contar o jeito que o Fede Alvarez soube muito bem utilizar o recurso gráfico para fazer o público ter imersão em total tensão; até por que, o protagonista do filme é cego e saber explorar isso era vital para o êxito da trama como um todo.
Enfim, dito isso chegamos ao desafio recorrente de uma sequência: trazer algo novo. Um bom roteiro geralmente se caracteriza pelos obstáculos que o (os) protagonista(s) tem de superar e a forma como ele(s) conseguem lidar para superar isso. A partir daí se desenvolve o núcleo principal e se caso necessário, núcleos secundários envolta do citado anteriormente para preencher algumas lacunas e tal.
Sempre sou contra sequência por que geralmente não tem nada novo a oferecer e acaba sendo só um caça níquel. Um lançado sem propósito nenhum, objetivando apenas o lucro. E no caso de O Homem nas Trevas 2, havia uma grande expectativa sobre qual seria a trama, já que alguns personagens do primeiro não retornaram.
Temos aqui uma inversão de papéis. Fede Alvarez roteiriza e o Rodo Sayagues dirige o longa. Ao passo que vamos vendo O Homem nas Trevas 2 notamos algumas semelhanças, como o filme começar com alguém se arrastando na mesmas rua, ou alguém cair numa janela de vidro que se quebra. Fato é que a principal diferença para o primeiro filme é que no caso essa é uma história de redenção.
Finalmente o desejo do homem cego se torna realidade, pois ele tem uma filha, a Phoenix (Madelyn Grace) . Sob seus cuidados, ela vive de uma forma bem rígida, chegando a ser treinada até para lutar pela sua sobrevivência. Contudo, vemos que O Homem nas Trevas 2 visa duplicar o desafio do primeiro filme, já que mais uma vez 3 homens invadem a casa do Stephen Lang. Porém, agora não são adolescentes despreparados e sim ex-soldados também.
Então temos várias sequências de cenas de ação, entretando sem ou quase tensão nenhuma. O suspensa fica bem de lado ao passo que a sanguinolência toma conta da tela. No segundo ato temos o ápice do filme que são a sequência de twists que sinceramente mais chocam do que convencem.
Creio que O Homem nas Trevas 2 acabou se perdendo no peso de ser tão bom quanto o anterior e tentar ser maior que o mesmo; visto que o antecessor tinha uma premissa simples que foi muito bem executada. No caso do segundo, o nonsense toma conta e sentido das coisas se esvai.
Temos uma cena pós créditos que pode indicar uma sequência para a franquia. Só espero que se houver sequência, ela não flerte tanto com o absurdo.
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