Desde que começou a onda dos streamings, a maioria delas tinham séries e filmes que carregavam seu nome. A Netflix viveu isso com La Casa de Papel, Stranger Things e outras. O mesmo aconteceu com a HBO Go, agora HBO Max, que tinha como principal Game of Thrones. Mas um dos streamings mais recente, é a Amazon Prime Video. Que tem The Boys como sua principal produção. Porém, o que isso tem a ver com os demônios de O Bingo Macabro?
Todos os streamings, para ter um lucro maior, precisam soltar inúmeros filmes mensalmente, principalmente filmes originais, que carregam o selo do streaming.
Isso é uma estratégia em que a qualidade dos filmes e séries não estão em primeiro plano, já que as pessoas irão conferir ao menos uma vez, justamente pelo selo do streaming, o que é muito comum na Netflix, que consolidou seu nome há anos.
Entretanto, quando esses tipos de filmes são “jogados” pra nós, começamos a notar uma baixa qualidade. Dito isso, os streamings forçam outras estratégia, os serviços fazem produções ricas e grandes, e enchem o catálogo com diversos filmes como estratégia de marketing; Exemplo: “Mais de 1000 filmes disponíveis no catálogo”.
Em suma, grandes produções são feitas, tendo preocupação com a qualidade do material, mas que mantenha a credibilidade do serviço.
Os realizadores fazem produções menores, trazendo poucas atrações para as pessoas que realmente querem ver esses filmes.
Só mais um filme
Acredito que ficou claro o motivo de eu ter explicado tudo isso antes de fazer de fato a crítica.
Infelizmente, tudo que vemos hoje em dia, é fruto de venda e popularidade, e o Bingo Macabro até traz isso, numa trama até que original com um vilão caricato, porém bom. Eu gosto do Richard Brake, e acredito que ele seja o único motivo de alguém ter vontade de ver o filme. O diretor fez uma proposta boa, mas é irrelevante quando a tela mostra uma boa quantidade de erro.
Entender como se faz um filme de terror é necessário, pois foi mostrado muita bagagem de filmes anteriores. Mas é como se eu tivesse visto vários filmes genéricos dentro um só, todos reunidos por uma trama em comum. Que a propósito, me pareceu original, mas cai durante o filme, que perde o ritmo, pois acontece a mesma situação com cada um dos jogadores. Acredito que na segunda vítima, o recado já estava dado. Porém, antes mesmo da primeira vítima morrer, já sabemos o que vai acontecer, pois como eu disse, já assistimos a esse filme anteriormente.
O filme é mal atuado, salvando a atuação de 1 ou 2 pessoas, o roteiro é genérico demais. Escrever diálogos iguais todos os outros filmes, não só de terror, mas de qualquer gênero. Todas essas características são partilhadas por diversos gêneros. Todos eles são genéricos. Os diálogos, as expressões, até o movimento de câmera. Um movimento acelerado, e o mesmo take de câmera pra mostrar falta de sobriedade. Às vezes chega a ser estranho de pensar, mas você vez as mesmas 3 cenas do mesmo jeito, o que muda são as circunstâncias e os atores. Mas o resto é tudo igual. Genérico.
Alguém grita Bingo?
O filme acerta em alguns poucos momentos, como na escolha do Richard Brake que é um bom ator, e eu não sei o que fez ele aceitar esse filme. E a proposta em si foi boa, inteligente e original, mas o filme dura 1 hora e 30 minutos repetindo cenas que duram 20 minutos, ou seja, além de genérico é cansativo. As coisas simplesmente acontecem e é como se tudo isso fosse feito pra mostrar os Gore do filme, pra aproveitar o +18, que também é uma estratégia para vender. Já que filmes de terror pra maiores implicam, teoricamente, em obras mais assustadoras, mas não é o que acontece.
Observações: O filme é todo errado e acerta pouquíssimo e é só mais um número para o catálogo da Amazon. Por essas e outras que eu considero “O Bingo Macabro” um filme bem abaixo da média.
Por fim, não deixe de conferir
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