Drama romeno baseado em história real, ‘O Pai que Move Montanhas’ , estreou essa semana na Netflix.
A princípio, o título do filme pode te fazer associar o longa á algo bíblico. De fato, a fé serve até certo ponto, de pano de fundo para a trama; contudo, não é algo predominante como um todo.
Sendo assim, somos apresentados a saga de um pai, aposentado da polícia, que fica sabendo da notícia do desaparecimento de seu filho primogênito; além disso, um grande atenuante: provavelmente ele estava soterrado sob uma avalanche.
Ao passo que, as buscas pelo seu filho começam a perder a força, o Mircea (Adrian Titieni) começa a ficar cada vez mais desesperado com a falta de notícias e a provável displicência da equipe de resgate. Diante disso, Mircea começa a viabilizar todos os recursos que estão ao seu alcance para tentar achar seu filho e a namorada dele com vida.
Em seguida, no segundo ato temos um enfrentamento constante entre o Mircea e a equipe que chefia a busca, pois devido ao tempo grande do desaparecimento do casal e as condições climáticas, eles já estão praticamente desistindo; em contra partida, o pai desesperado na busca incessante por ao menos conseguir o corpo do filho, assume a busca para si, seus funcionários e os pais de sua nora.
Simultaneamente, temos outro núcleo, que é a atual esposa do Mircea que está grávida, a ex-esposa dele totalmente abalada pelo desaparecimento do garoto, e os pais da garota que também está desaparecida.A interação entre elas é totalmente desastrosa, inclusive há uma cena protagonizada pelas mães dos desaparecidos que chega a dar vergonha alheia.
Tanto quanto, a atuação dos personagens em modo geral. O único que se destaca “positivamente”, é o Mircea; isso por que ele consegue demonstrar uma carga dramática. Contudo, isso ainda não o impede de ser arrogante e desagradável em alguns momentos.
Em síntese, LITERALMENTE o pai move o filme que tem um final abrupto que não leva a lugar nenhum. O espectador tem que ter uma boa fé enorme para se manter engajado com o longa; de fato, categoricamente da pra afirmar que a resolução da busca do casal é o que mantém o público preso e no fim, somos sabotados com um final sem resposta.
Por fim, de um modo geral o filme tinha um potencial interessante caso fosse explorado de uma forma dinâmica. Todavia, a trama se auto sabota e mina o próprio sucesso que poderia obter. Portanto, o espectador acaba sendo ludibriado com esse filme que tinha tudo para ser grande e decepciona no fim.
Ficha técnica
Título: O Pai que Move Montanhas
Diretor: Daniel Sandu
Elenco: Adrian Titieni, Judith State, Valeriu Andriutã
Gênero: Drama, Suspense
Ano de produção: 2021
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