Crítica | O Pálido Olho Azul (Netflix)

Crítica | O Pálido Olho Azul (Netflix)

Não é incomum ver um livro, seja ele famoso ou não, sendo adaptado para os cinemas. Nos últimos anos, várias plataformas de streamings andaram investindo em adaptações de livros, que costumam ser um total sucesso de audiência. Prova disso recaí no novo filme da Netflix, O Pálido Olho Azul, que é uma adaptação do livro homônimo de Louis Bayard e, neste exato momento, se encontra no top 1 dos filmes mais assistidos na plataforma nessa semana.

No longa, acompanhamos Augustus Landor (Christian Bale), um detetive que vive recluso após perder a esposa para uma doença repentina e a filha, que fugiu com um estranho.

O Pálido Olho Azul gira em torno de uma série de assassinatos fictícios que ocorreram em 1830, na Academia Militar dos Estados Unidos. E não basta apenas os homicídios em si: partes do corpo das vítimas também são retiradas, dando um ar macabro a toda a situação. Sem saber como solucionar esse mistério e temendo que a divulgação do caso manche a imagem da corporação, os militares apelam para Augustus Landor, e esperam que ele consiga desvendar o responsável pelos crimes.

Landor aceita o trabalho de investigar os assassinatos e contará com a ajuda de Edgar Allan Poe (Harry Melling), à época apenas um jovem cadete detalhista, que mais tarde se torna um autor mundialmente famoso.

Sinopse

Em 1830, um detetive é contratado para investigar, com muita discrição, o terrível assassinato de um dos membros da Academia Militar de West Point. No entanto, o código de silêncio da instituição se mostra um obstáculo incontornável para a investigação, fazendo com que ele peça a ajuda de um dos alunos da academia: um jovem que entraria para a história como Edgar Allan Poe

Vale a pena?

Primeiramente, quero ressaltar que Scott Cooper e Bale formam uma baita dupla. O Pálido Olho Azul já é o terceiro filmes dos dois, após terem trabalhado juntos em Tudo por Justiça (2013) e Hostis (2017).

O principal fator que eleva o patamar do filme é o elenco. Interpretando maravilhosamente bem o seu personagem, Christian Bale (Batman: O Cavaleiro das Trevas e Psicopata Americano) dar uma aula de atuação. Harry Melling mostra que não é mais só o primo de Harry Potter e também impressiona pela sua caracterização como Edgar Allan Poe. Além disso, outros grandes nomes de Hollywood também fazem parte do projeto, como Gillian Anderson (Arquivo X e Sex Education), Toby Jones (The English e O Milagre), Lucy Boynton (Sing Street) e Robert Duvall (O Poderoso Chefão).

Mesmo sendo bem estruturado e com a premissa de ser uma adaptação de alto nível, o filme peca ao desenvolver seu mistério. O que deveria ser a base de toda a trama, acaba virando algo tão superficial a ponto de se perder. Preso em um vai-e-vem entre suspense policial e thriller sobrenatural, o longa sofre com uma constante crise de identidade, que acaba por não aproveitar o melhor de ambos os gêneros.

Em suma, particularmente acredito que o livro seja bem mais interessante. No entanto, O Pálido Olho Azul tende a ser a primeira grande estreia da Netflix neste ano.

Confira o trailer de O Pálido Olho Azul

Avaliação: 3 de 5.

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Ficha Técnica

Direção: Scott Cooper
Roteiro: Scott Cooper
Duração: 128 minutos
País: Estados Unidos
Gênero: Mistério
Ano: 2022
Classificação: 16

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