Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez interpretam um trio incompatível de detetives amadores no encantadoramente perverso ‘Only Murders in the Building’.
A primeira temporada completa de ‘Only Murders in the Building’ já está disponível exclusivamente no STAR+.
Anteriormente em lançamento semanal, a primeira temporada ‘Only Murders in the Building’ está agora disponível para aqueles que não gostam de esperar muito tempo entre os episódios quando um quebra-cabeça está sendo montado e a justiça está em jogo. A série é uma colcha de retalhos polpuda de gentilezas, dos melhores amigos Martin e Martin colaborando mais uma vez, à inclusão de Gomez (quatro décadas mais jovem que a dupla de humoristas, mas já uma veterana do show business); além da inclusão genial da premissa de um podcast (que inclui a quebra da quarta parede).
Com a 2ª temporada já iniciada (e atualmente em produção), ‘Only Murders in the Building’ retornará com mais acontecimentos macabros no Arconia, embora a única desvantagem notável desta primeira temporada seja o foco dividido do final: resolver o assassinato do espinhoso e solitário Tim Kono (Julian Cihi), enquanto simultaneamente cria desventuras para o próximo ano. Mas isso é indicativo da maioria dos finais de temporada, para ser justo. E, de fato, se você olhar para trás na 1ª temporada, há muitos momentos que apontam solidamente para onde o show está indo na 2ª temporada. Caramba, a série ainda abre com um olhar rápido para onde tudo vai parar.
‘Only Murders in the Building’ funciona em vários níveis. Em primeiro lugar, é uma vitrine alegre para dois ícones antigos da comédia e, em seguida, como um conto de amizade caloroso envolvendo três párias, cada um habitando seu próprio quinhão de solidão e isolamento auto-imposto, aprendendo a se abrir e experimentar a vida novamente. O ator socialmente ansioso de Steve Martin, Charles; O diretor extravagante e inconstante de Martin Short, Oliver; e a artista fechada de Selena Gomez, Mabel, se unem por causa de seu vício em podcast de “true crime”, e então rapidamente se transformam em desajustados tentando se distrair bancando o detetive em seu próprio prédio depois que um vizinho aparece morto.
No entanto, o que começa como uma brincadeira para nossos heróis se torna uma jornada de união que termina em pé de igualdade, senão maior, do que a resolução do caso em si. Suas peculiaridades e histórias de fundo, junto com sua ilusão coletiva de glória no podcast, formam uma equipe cativante que se junta apesar da diferença de idade. Ao longo do caminho, há pistas falsas, becos sem saída, reviravoltas e traições que não só são um caso divertido, mas também revestem a série inteira com um dinamismo e fluidez incrível, enquanto Oliver os conduz através da criação de um podcast que agarra as pessoas com uma ótima narrativa tradicional – apesar do fato de que supostamente estão lidando com a vida real.
Nathan Lane e Amy Ryan são apresentados em papéis formidáveis, Tina Fey aparece para uma participação especial (que pode ter um pouco mais de tempo de tela na 2ª temporada), e o astro do rock Sting tem um grande momento interpretando uma versão ficcional de si mesmo.
Semelhante a Wes Anderson, Steve Martin e o co-criador John Hoffman (Looking, Grace & Frankie) entregaram um capricho hilariante e sincero. Além disso, os personagens se dirigem ao público, mesmo falando do além, já que a série às vezes permite que você saiba que está ciente de seu próprio vício em crimes reais e resolver casos do seu sofá.
Conclusão
Enfim, ‘Only Murders in the Building’ é um triunfo de tom, caráter e metacamadas peculiares. É complicado fazer com que uma história em si também sirva como uma lição interessante sobre como contar histórias, mas ‘Only Murders in the Building’ é uma joia de série que pode ser séria e divertida. Ademais, Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez formam uma combinação tripla imbatível, apresentando personagens extremamente adoráveis e divertidos.
