Nova temporada chegou recentemente a Netflix.
A princípio, existe um consenso na internet de que as séries consideradas teen da Netflix são sempre mais do mesmo, o que geralmente não deixa de ser verdade. Contudo, há diferenças quando falamos de Sex Education. O sucesso da plataforma ganhou um novo ano após duas temporadas de muito sucesso e elevou o nível do programa.
Na nova temporada, após todo o alvoroço sobre o surto de clamídia e com a escola de Moordale sendo alvos de críticas e tendo recebido o título de “escola do sexo”; conhecemos a personagem Hope (Jemima Kirke), que chega para ser a nova diretora de Moordale. A personagem que é uma antiga aluna da instituição busca resgatar o prestígio do colégio e, apesar de ser um início ‘tranquilo’; logo, ela entra em rota de colisão com os alunos. Desde o começo da série, Laurie Nunn, criadora da série, sempre tentou naturalizar ao máximo conversas sobre sexo e quebrar esse tabu; na nova temporada, o programa faz críticas à desinformação e ao moralismo que impedem que dados importantes cheguem ao conhecimento de adultos e jovens. Além disso, aprofunda seus personagens de uma maneira que ainda não havia acontecido.
Se no ano anterior, o surto de clamídia se expandiu devido a falta de informações de qualidade, agora o problema é quando informações falsas começam a ser propagadas em um ambiente seguro (ou que deveria ser); o que torna tudo tão próximo da realidade. Desse modo, Laurie Nunn trabalha bem a forma como a identidade dos alunos de Moordale começa a ser apagada através das novas diretrizes adotas por Hope.
Novas e velhas histórias
Paralelo a isso, é notável ver o desenvolvimentos em alguns de seus personagens; como por exemplo em Ruby (Mimi Keene), que até o momento, era apenas uma das patricinhas da escola e sem peso na história, ou então no relacionamento de Adam (Connor Swindells) e Eric (Ncuti Gatwa), que apesar de estarem assumidos; ainda enfrentam dilemas no seu relacionamento. Além disso, a longa jornada do Sr. Groff (Alistair Petrie) que está sem caminho após seu divórcio e demissão do emprego; são pontos altos do novo ano.
Ainda há espaço para desenvolver ainda mais Otis (Asa Butterfield) e Maeve (Emma Mackey); que, apesar de não estarem juntos, assumem caminhos bem distintos com novas pessoas. Contudo, ver Aimee (Aimee Lou Wood) partilhando com Jean (Gillian Anderson) sua experiência após ter sido vítima de abuso sexual no ônibus é um dos pontos altos da série; pois percebemos que, apesar de ter passado, foi algo que mexeu com todas as estruturas da personagem. Desse modo, além dos velhos conhecidos, tivemos novas adições, com destaque para a própria Hope e para Cal (Dua Saleh); uma estudante não binária que mexe com Jackson (Kedar Williams-Stirling) e levanta novas discussões e é a contraparte perfeita para a nova diretora da escola.
Ao assistir Sex Education, observa-se que, não há nem mocinhos e nem vilões e que, ao assistir dois pontos de vista de cada discussão, é impossível não compreender cada um dos lados; um exemplo disso é Hope. A série se manteve excelente e continua trilhando um caminho certeiro na Netflix, com aquele humor atípico e temas sensíveis, Sex Education se mantém como uma das melhores produções da plataforma nos últimos anos.
NOTA
Ficha técnica
Título: Sex Education
Criação: Laurie Nunn
Elenco: Asa Butterfield, Gillian Anderson, Ncuti Gatwa
Gênero: Drama
As três temporadas estão disponíveis na Netflix
Por fim, confira outras críticas
- Crítica | A Lenda de Candyman;
- Crítica | The Forever Purge;
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