Vale Night estreia hoje nos cinemas!
Primeiramente, acho que é de consenso geral que a favela é retratada de uma forma bem pesada dramaturgicamente falando, sempre sendo associada a tráfico, crimes, drogas, etc.
Entretanto, a nova produção nacional Vale Night traz uma ótima e diferente ótica das comunidades. O longa é uma comédia descompromissada que mostra basicamente o cotidiano de um morador de bem (e que são muitos inclusive).
Ainda assim, mesmo sendo uma trama simples, no qual temos o casal Vini (Pedro Ottoni) e Daiana (Gabriela Dias) representando dois opostos numa relação, na qual o pai “brinca” de trabalhar, a mãe fica no lar cuidando da casa e do filho, o diretor Luis Pinheiro conseguiu encaixar ótimos elementos para quebrar alguns paradigmas.
A princípio, desde a cena inicial temos uma cena importante, o casal protagonista no baile funk, juntos e a Daiana grávida, quebrando essa mística de que a gestante tem que ficar de resguardo até a criança nascer; a partir daí temos sequências interessantes dentro da favela, incluindo um plano sequência muito bem feito.
Simples e bem atuado
Voltando para a questão da simplicidade, a trama se desenvolve a partir da irresponsabilidade do Vini, desde ao confundir seu filho e levar a criança errada pra casa, até ir a um bar e perder seu filho.
Diante disso, temos algumas boas cenas de humor, porém algumas cenas realmente beiram o inacreditável, deixando as soluções bem convenientes.
Entretanto, de pano de fundo temos também a constante lembrança de um assunto importante; isolamento social por conta da gravidez, assim como a desistência dos estudos por conta da mesma. Achei interessante abordar esses temas, porém creio que dava pra aprofundar ainda mais no assunto, pois quando vc tenta fazer crítica social e ela fica rasa, é um pouco frustrante.
No mais, há de se destacar a atuação firme e segura da Linn da Quebrada como DJ Pulga, e a participação de Yuri Marçal como Linguinha, que visivelmente estava confortável no papel.
Fico muito feliz quando vejo projetos nacionais que fogem do comum, por isso “Vale Night” merece sua uma hora e meia de atenção; a quebra de alguns estereótipos é bem interessante; apesar de que é inegável que se houvesse um aprofundamento maior nas críticas sociais, teria tudo para ser o melhor filme nacional do ano.
Por fim, não deixe de conferir.
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