A renomada série, retorna em Demolidor Born Again, agora de casa nova no Disney Plus. A dúvida estaria em torno se a casa do Mickey teria capacidade de manter tom e roteiro com boas discussões assim como a temporadas anteriores.
A série embora pareça uma premissa interessante de se abordar, a Marvel/Disney teve bastidores conturbados, até seu retorno então de grandes fracassos. Mediante incertezas e grandes descontentamento do público, fez com que ela retornasse as origens de Demolidor no que foi na Netflix. A série é como um soft reboot, considera diversos pontos das produções anteriores, mas é uma série nova.
Após eventos traumáticos, Matt precisará botar a fé e a lei em jogo, mediante a ascensão do rei do crime como prefeito de Nova Iorque.
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Demolidor renasce?
Após decidirem que não conseguiriam manter Demolidor como uma série mais amistosa, além de que, aparentemente, haveria uma grande descaracterização dos personagens já trabalhados, felizmente, pode-se dizer que as preces foram ouvidas. O primeiro episódio, por sua vez, já chega com um soco no estômago, matando uma das figuras principais nos primeiros minutos. Isso quebra seu protagonista e sua bússola moral, assim como Frank disse que bastaria um dia ruim para que isso acontecesse.
Cabe destacar que a temporada, ao menos em seus primeiros quatro episódios, consegue extrair muito dos quadrinhos e de diversas épocas, desde Brian até Miller. Além disso, apresenta algo até então inédito e bem conduzido em seu trabalho como advogado, em um excelente episódio de tribunal. A discussão moral acerca de vigilantes e polícia, até que ponto se cruza a linha para se ter justiça, é aumentada aqui.
O trabalho sobre política, como a mídia é importante tanta não só para estabelecer histórias, como uma narrativa, em que cidadãos possam se apegar, faz com que engrandeça o texto da sua série em seus primeiros episódios.
É verdade! A capacidade de peso nos personagens realmente se destaca, pois eles lutam intensamente para não voltar às suas origens e evitar que o “diabo” dentro deles se manifeste. Essa luta interna é retratada de forma muito eficaz, permitindo que o público sinta e compreenda as emoções e desafios que cada personagem enfrenta. É uma representação poderosa da complexidade humana e das batalhas pessoais que todos nós enfrentamos.
Problemas da série
Neste meio, temos um grupo extremista que coloca em risco a vida dos vigilantes e daqueles que eles caçam em prol da “justiça”, apoderando-se de símbolos como o do justiceiro, a fim de afirmar que o que fazem é justiça. Entretanto, nem tudo que é estabelecido é um fato bom, como a dificuldade que a Disney tem em desenvolver seus vilões.
Por meio disso, pode-se reclamar de mais um desperdício: MUSE, um icônico vilão e grande ameaça para o Demolidor nos quadrinhos. Ocorre que MUSE, até hoje, é uma figura misteriosa nos quadrinhos, embora consiga incomodar tanto Wilson Fisk quanto o Demolidor. Ele é um personagem que, além dos poderes que afetam o “radar” do Demolidor, também é imprevisível. Na série, além de ser desperdiçado, ele se torna mais um vilão fajuto da semana, servindo apenas como contraponto para liberar as versões do Demolidor e do Rei do Crime. Tanto que ele morre como ninguém, sendo morto pela psicóloga e pelo grupo extremista contratado que assume que o capturou. Contudo, isso também reflete uma história quebrada, não parecendo ser a mesma história após quatro capítulos perfeitos sobre política, heroísmo, mídia e consequências.
Conclusão
Parece que tudo em Demolidor Born Again, só foi construído para depois te chamar de palhaço. Chegando o seu quinto episódio, onde uns NPC’s aleatórios tentam roubar um banco em que Matt esta, tirando o pai da Kamala, é tudo uma grande vergonha alheia, o que sucede a várias sequencias de nada.
Indo além o episódio é pessimamente mal editado, todos sabem que a Marvel tem grande dificuldade em coreografia, então chega a ser bizarro que conseguirem apresentar lutas decentes nos primeiros episódios, e depois retorna ao que é, medíocre suas lutas, cheias de corte, o que vai além da porrada fofa, mas demonstra incapacidade da marvel em conduzir suas produções principalmente série.
Entretanto seu penúltimo episódio apresenta do meio pro final do episódio com o retorno de mercenário, parece ganhar um fôlego a mais. Mediante isso descobrimos que a trama será similar a dos quadrinhos onde ela também é responsável por encomendar a morte de Foggy. Embora aparente grande cansaço e sem tempo para elucidar o que não perderam tempo para desenvolver, fica tudo para seu episódio final.
Continuando…
É de caráter de surpresa que conseguiram manter o peso, brutalidade, na medida que eles perdem a mão na história, creio que seja ponto de parar respirar, e ter um planejamento e se entender com roteiristas, e entregar boas histórias como um todo, pois fidelidade eles conseguem entregar, quando querem e ainda sim serem relevantes nos temas que trazem e debates e isso que faz e fez demolidor ser famoso. Entretanto, nem tudo está perdido. Frank e Matt dão um pequeno show no último episódio, o que garante que a série não se perca totalmente. No entanto, é triste saber que a série poderia ter sido muito mais. Que venha “Terra das Sombras”! Assim, a expectativa é de que, na segunda temporada, uma história completa seja desenvolvida.
Assista ao Trailer da série
Ficha Técnica
Título Original: Daredevil: Born Again
Direção: Aaron Moorhead David Boyd (I) Jeffrey Nachmanoff Justin Benson (I) Michael Cuesta
Duração: 42 minutos por episódio
Gênero: Drama/Ação/Super Herói
Ano: 2025
Classificação: 18 Anos
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