“Destinos à deriva” – protagonismo feminino e tensão até o fim

“Destinos à deriva” – protagonismo feminino e tensão até o fim

É muito difícil filmes de sobrevivência fugirem do mesmo. O enredo montado para o final feliz já está posto – um bom diretor tem o desafio de prender a atenção do público mesmo que este já saiba o final. E o novo filme da Netflix, “Destinos à deriva” cumpre esse papel de forma espetacular.

Confesso que vi com certa relutância e me surpreendi demais. “Destinos à deriva” se trata da história de Mia (Anna Castillo) e Nico (Tamar Novas), dois refugiados espanhóis tentando fugir do regime totalitário que toma conta do país, que persegue principalmente grávidas e crianças, a fim de maior controle sobre os suprimentos da população. Essa distopia de Albert Pintó, lançamento de setembro na Netflix, nos mergulha (quase literalmente) na reviravolta da personagem Mia: quando tudo dá errado e ela é obrigada a se separar de seu marido Nico, a personagem, que está grávida, se vê presa dentro de um container que flutua pelo mar. Ela tem poucos dias até que ele afunde. Dito isso, o telespectador se pega em um filme que prende e deixa tenso quase o tempo todo ao acompanhar as escolhas da personagem para que consiga sobreviver, tanto ela quanto o filho que carrega em sua barriga.

Ainda que em alguns momentos fique previsível ou até um pouco fora da realidade, a trama consegue deixar tenso e arrancar muitas lágrimas do telespectador que entra na história de mente aberta. A atuação de Anna Castillo é excelente em arrancar todas as emoções que Mia está sentindo e fazer com que sejam sentidas pelo telespectador.

Confira o trailer:

Avaliação: 3.5 de 5.

Ficha Técnica:

Direção: Albert Pintó
Roteiro: Ernest Riera, Teresa de Rosendo, Seanne Winslow, Miguel Ruz e Indiana Lista
Duração: 109 minutos
País: Espanha
Gênero: Suspense; Drama
Onde assistir: Netflix
Ano: 2023
Classificação: 16 anos

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