Dexter: New Blood | Final melhor que o anterior?

Dexter: New Blood | Final melhor que o anterior?

A princípio, Dexter: New Blood veio com a missão de conseguir dar um desfecho digno com chave de ouro para o serial killer mais amado do entretenimento.

E para tanto, fomos brindados com 10 episódios do retorno de Dexter Morgan. O nome New Blood indicava algo relacionado a legado, já que teríamos o retorno do Harrison.

Sendo assim, a pergunta que não quer calar é: como ter um encerramento digno se a série vai se tratar sobre legado? Bom, de fato os fãs estavam bem receosos no início e portanto, bem desconfiados.

Porém logo o novo seriado começou a cair nas graças do fandom, que a casa segunda se tornava cada vez mais ansioso para a continuação de uma história que até então se mostrava bem intrigante.

Um nova cidade para Dexter Morgan significa novas pessoas para lidar; na realidade, uma vida nova. Aqui ele é Jim Lindsay, que namora uma policial, Angela. Sua vida começa a sair dos trilhos de novo, quando ele mata após dez anos, e logo após seu filho aparece.

Valeu a pena?

Ainda assim, apesar da desconfiança, em uma análise fria e calculista, na somatória dos fatores é racional afirmar que Dexter: New Blood vale a pena ser assisti pelo fã. Depois de 8 temporadas anteriores, ver Michael C. Hall atuando tão bem novamente, é muito gratificante.

Assim como ver o protagonista tento que lidar com os mesmos dilemas, porém com o peso de ter abandonado o filho e se esforçando para reconquista-lo, merece-lo. Ao meu ver, a relação entre pai e filho foi bem trabalhada, de modo que me fez acreditar que veríamos um final diferente.

Diante disso, pontuo também como deveria ter sido melhor aproveitados personagens como o Batista, que não passou de um Fan Service; assim como a podcaster Molly Park, tão inteligente e com potencial na trama, porém nem a morte dela foi mostrada.

De morte, o Kurt Cadwell entende, é o antagonista da temporada. Seria Killer que mata garotas há 25 anos. Provou ser um belo oponente para o Morgan, gostei muito do personagem. Todavia, me questiono em qual momento ele descobriu que o Dexter era o assassino do seu filho, isso deveria ter sido mostrado.

Toda uma construção que apesar de um pouco questionável, tava sendo feita de modo aceitável, foi desperdiçada em um final ao meu ver, desleixado, preguiçoso e mal aproveitado.

Entendo perfeitamente a condição de dar um final para o personagem, por dois motivos. Um, ele é um serial killer, e se ele não terminar na cadeia, seria morto; dois, o péssimo final da oitava temporada deixou uma feriada tão grande que havia pressão para fazer algo melhor.

Entretanto, meus amigos, após um nono episódio ótimo, ficou implícito o desejo de Harrison em seguir os passos do pai e tudo caminhava para uma passagem de manto, por assim dizer.

Porém, nem tudo são flores, apesar de a ótima dinâmica entre Dexter e Harrison ditarem o ritmo da temporada, é inegável que ao longo dos episódios, algumas conveniências do roteiro foram muito significativas. Isso se tornou mais evidente no episódio derradeiro.

Além disso, decisões extremamente questionáveis foram tirando o brilho que a trama tinha, rumando para o segundo final decepcionante. Compreensível, depois de 10 anos, Dexter estar enferrujado e cometer alguns deslizes, mas ainda sim não posso aceitar que uma policial sem recursos, de uma pacata cidade em aproximadamente um mês descobriu quem era o açougueiro de Bay Harbor, e a polícia de Miami nunca descobriu em 8 temporadas.

Então, valeu pela nostalgia de rever o Hall atuando com maestria de novo, mas só nostalgia e boa atuação não salvam uma produção inteira, ainda mais uma que tinha o peso de sarar uma ferida tão grande que foi a oitava temporada. Mais uma vez, falharam conosco.

Avaliação: 3 de 5.

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