Doutor Estranho no Multiverso da Loucura | Crítica

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura | Crítica

Primeiramente, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é a produção mais aguardada pelos fãs da Marvel após o longa do Miranha. Sendo assim, era inevitável que as expectativas fossem criadas e nelas, nos agarramos na esperança de algo maior do que já nos foi apresentado.

A Fase 4 da Marvel já está chegando ao seu fim e está sendo bem contestada pelos seus fãs e a culpa é da própria empresa, uma vez que elevou tanto o patamar das suas produções, que manter o mesmo nível fica complicado.

Mas enfim, vamos ao longa, que já assistimos! Poderia ser facilmente Wanda no Multiverso da Loucura, já que ela é a dona do filme. A Feiticeira está em sua plena forma, exalando poder e magia. Mais uma belíssima atuação de Lizzi Olsen, que demostra a sua qualidade enorme como atriz e incrível afinidade para o papel; ela nasceu pra ser a Maximoff!

Seria redundante dizer também que Cumberbatch entrega uma ótima atuação, o que pra ele é completamente normal. O ator multifacetado consegue interpretar diferentes versões de si mesmo, cada um com sua característica marcante, que o diferente de outras versões de si mesmo. Mas como disse, dele não esperava menos.

A grata surpresa fica pela adição da personagem América Chávez, uma bela coadjuvante pra trama e que mostra que chegou para ficar no UCM. Além disso, temos o Wong, que é tipo o 12° jogador de um time de futebol; não é titular, mas quando entra em cena, da conta do recado.

Entretanto, o longa sofre com alguns problemas. Aqui, temos uma ruptura de desenvolvimento da trama. Nada no UCM se compara á Multiverse of Madness, e isso pode causar uma estranheza enorme para o espectador, por não estar acostumado.

Digo isso, por que finalmente temos uma pegada adulta e sombria que tanto faltava mas produções dos estúdios da Disney. Brutal, visceral, horripilante até.

Sam Raimi entrega uma visão excêntrica do que *deveria* ser uma adaptação de heróis, e isso não é ruim. Ruim é como essa jornada se desenvolve a partir de decisões totalmente questionáveis de alguns personagens, o que me faz questionar se Raimi teve realmente total liberdade em seu projeto.

E isso me deixa preocupado, visto que quando temos a proposta de fugir do convencional, parece que a Marvel se perde no exagero, e isso é preocupante, pois pode levar os seus superiores a achar que deve continuar entregando mais do mesmo.

Porém, o fato é que em Multiverso da Loucura temos coisas boas e interessantes, mas que podem ser ofuscadas pelas decisões criativas que ao meu ver, não fazem sentido. Como por exemplo ignorar obras que deveriam estar ligadas ao filme, ou dar nomes diferentes á coisas que já ouvimos em outras situações no UCM, tornando o entendimento confuso pro espectador.

Questiono ainda, a necessidade do Fan Service, apenas por ter. Vai arrancar gritos e aplausos… Porém na prática, chega a ser desrespeitoso com o público os personagens, se o peso dos mesmos for inócuo na trama.

Cada vez mais, o fã da Marvel vive por uma faísca, uma chama. Pescar uma referência de A-Z no alfabeto, que será utilizada 10 produções a frente. Enquanto isso, cada vez mais a história concisa vem sendo deixada de lado, para dar espaço ao combo fan service + referência sem peso na trama. É um caminho perigoso para uma franquia que se estabeleceu como padrão a ser seguido e parece não saber para onde ir mais .

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura tinha tudo para ser o maior filme já feito pela Marvel, potencial pra ser a maior adaptação de HQ já vista. Entretanto, mesmo com atuações memoráveis e uma direção muito boa, fica o sentimento de que o longa ficou devendo, perante tudo o que podia.

Avaliação: 3.5 de 5.

Por fim, o filme tem duas cenas pós créditos. Mas só uma vale a pena

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