O primeiro Duna já era um filme extremamente interessante, tendo uma história instignate, um atrilha sonora absurda e um visual esplendoroso. E seu único defeito talvez fora a conclusão, que fora demasiadamente abrupta, em razão dos planos do diretor de dividir a obra original. Mas independentemente disso, a parte 1 deixou um terreno fértil para que seu sucessor florescesse.
A pergunta é: As flores cresceram?
Pois bem, elas não só cresceram, como se tornaram as mais bonitas de seu jardim.
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Os perigos de uma profecia
Em Duna Parte 2, temos como foco da história a jornada de transformação de Paul Atreides, que ao longo da trama deixa de ser um principe burgues e se torna um líder guerreiro.
Porém, à mesma medida que ele ganha importância e coleciona vitória com seu povo, sua mãe inflama os Fremen com a promessa de que Paul é o profeta salvador prometido pelas Bene Gessirit aos nativos. O Lisan-Al-Gaib
E o principal dilema da trama gira em torno do sucessor de Leto Atreides querendo descobrir quem ele é e quem ele quer ser. Se quer abdicar de seu suposto destino como Lisan-Al-Gaib e levar uma vida pacata com sua amada, ou abraçar sua missão divina, e com ela obter meios e poder para vingar seu pai e se tornar imperador do universo, mas a custo de sua amada.
A história pode parecer simplória à primeira vista, mas a partir do momento que mergulhamos no longa, percebemos a complexidade que a sinopse esconde. Debates políticos, filosóficos, sociológicos e teológicos são levantados constatemente durante o desenrolar da história, e a intensidade e profundidade dos mesmos, combinada com performances incríveis de todos os atores, gera uma experiência única e constroem um roteiro brilhante.
Um deleite multisensorial
E como se não bastasse o brilhantismo de seu enredo, Duna parte 2 também possui uma das cinematografias mais lindas da história do cinema.
Cada take, cada cena de luta, cada paleta de cores, cada escolha de iluminação, cada saturação, cada pequeno momento filmado é simplesmente espetacular.
Você fica boquiaberto o filme inteiro, especialmente se você tiver a oportunidade de assistir tais cenas em uma tela de IMAX, onde a magia visual fica ainda mais nítida.
E juntamente com o visual fantástico, Duna 2 ainda conta com um design de som absurdo. O som das criaturas da areia, o poder das Bene Gesserit, a língua Harkonnen… Você até arrepia ouvindo eses sons no cinema.
Isso sem mencionar a trilha sonora magnífica, que a essa altura do campeonato não é surpresa pra ninguém.
Conclusão
Duna parte 2 chega muito perto de ser um filme perfeito. Talvez se a virada de chave do personagem do Paul fosse melhor ilustrada e construída, ele estaria neste hall de prestígio.
Mas independentemente disso, o longa é um jovem clássico. O senhor dos Anéis da nova geração, e o primeiro e talvez principal concorrente ao Oscar de melhor filme e diretor de 2025.
Simplesmente CINEMA
Que venha Duna Messias.
Obrigado ao @CineRitzPonteNova pelo ingresso e pela parceria
Ficha Técnica
Direção: Denis Villeneuve
Roteiro: Denis Villeneuve, Eric Roth e Jon Spaihts
Duração: 166 minutos
País: Estados Unidos
Gênero: Fantasia, Ação
Ano: 2024
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