O filme de Elvis, traz um lado mais “humanizado” do astro, falseia algumas coisas (licença poética usada ao extremo), mas será que segue sendo um bom filme? Confira.
“No negro é excluído, no Branco é moda”, li isso uma vez em alguma rede social. E é a mais pura verdade, Dreads, tranças, cabelo black, Soul, Jazz, Rock, religiões de matrizes africanas, etc. “Coisas” oriundas da cultura negra, que quando feita pelos próprios não ganham mídia, não são aceitos e por muitas vezes, segregados.
É isso que acontece com Elvis Presley, crescido em bairro negro e influenciado pela música, religião e cultura do gueto, Elvis ganhou fama como “Rei do Rock”, mas ganhou seu “hype” justamente com aquilo que a sociedade mais racista do mundo (sim, como sabia que estou falando do Estados Unidos, o tal pais da liberdade) segregava. Contudo, isso não faz necessariamente de Elvis racista, coisa que até o grande B.B KING, falou que ele não era.
“Não havia uma gota de racismo em Elvis. Quando digo isso, pode acreditar, pois eu conheço o racismo.”
Artigo de San Antonio Examiner 2010
É inegável o apagamento de grandes cantores negros, tanto do rock, quanto de qualquer outro gênero. Como também é inegável o quão bom cantor Elvis era, obviamente é um discurso longo e sem fim, onde o peso é grandioso. Mas, é o bom e velho “Privilégio Branco, de ser reconhecido como REI, de um gênero que já existia antes dele e que era feito de forma melhor” e que só não se popularizou por conta da segregação e racismo
- O Suplente (Netflix) comprova a genialidade dos filmes argentinos
- Crítica | Em Busca de Mim (Netflix)
- Crítica | Simonal (Netflix) – Uma cinebiografia morna, para um gigante da música brasileira
Melhor Ator Oscar 2023
Esse ano a briga está muito boa nesse tópico, em contrapartida a Melhor Atriz parece está decidido, com a protagonista de TÁR, Cate Blanchett. Austin Butler vem com tudo para levar a estatueta para casa e muito merecido se (e deve) levar. Maior aposta desse que vos escreve.
O filme, vale a pena?
Sem sombra de dúvida, é um conjunto memorável. Trilha sonora, precisa nem de comentário, rock, soul, jazz, etc. O drama familiar é notório e bem encaixado na trama, não se sobrepondo ou deixando o longa mórbido. Elvis é um filme que tem empolga do início ao fim. A forma de filmagem, com cortadas rápidas, zoom, etc, ficou uma coisa de louco, uma coisa bem Elvis, com seus movimentos exuberantes, traço esse marcante em Baz Luhrmann, que não poderia ter nome melhor para dirigir essa ‘cinebiografia’.
A película foi formidável, até onde deu e até onde se propôs, mesmo com algumas lacunas histórias e falsificações, mas isso se faz necessário algumas vezes para dar pique a trama. O grande problema é quando assumem uma licença poética como verdade. Esse é um ponto problemático no filme, afinal, nenhum momento cita como inverdade, nem mesmo nos créditos.
Por fim, Elvis é o filme que vai garantir a Austin uma estatueta (TOMARA, não voltarei aqui para me retratar, será meu campeão moral). É dinâmico e empolgante.
Ficha técnica
Título original: Elvis
Criado por: Baz Luhrmann
Duração: 160 minutos
País: EUA
Gênero: Biografia
Ano: 2022
Classificação: 14 anos
Aliás, você costuma comprar coisas na Amazon? Então apoie a TEAM COMICS e compre pelo nosso link: https://amzn.to/3w4vSIE