Escape Room 2 vem com a premissa de dar sequência ao final inacabado do longa anterior.
Primeiramente, o filme anterior fez sucesso ao mostrar a saga de pessoas que lutam pela própria vida durante um jogo intrínseco; cada sala uma luta por sobrevivência e a mesma ainda era uma referência a vida de algum personagem. Esse conceito é bem interessante, já que o gênero de terror já está saturado de algumas coisas.
Sendo assim, não é exagero afirmar que uma sequência seria óbvio; isso sem contar o final em aberto do primeiro filme. E o segundo veio pra tentar ser grandioso e falhou consideravelmente. Zoe e Ben retornam do ponto em que pararam, buscando confrontar a organização que quase os mataram.
Já de início algo extremamente incomum: um resumo do filme anterior; isso ou era pra situar as pessoas que não viram/lembram do anterior, ou é um recado subliminar pra dizer que a história já não importa mais, e sim a luta pela sobrevivência.
E realmente, em Escape Room 2: Tensão Máxima, os personagens em sua total maioria são totalmente descartáveis que tomam decisões estúpidas e não justificáveis. E isso contrasta com o fato de que dessa vez, os participantes do jogo já venceram o Escape antes.
De fato, os personagens já conhecerem a ambientação do jogo favorece a trama, para ser mais direta; contudo, é de se ficar abismado como isso é justificativa para as ações rápidas, desmedidas e errôneas dos personagens. Parece que todos os personagens são uma escada para o protagonismo da Zoe e isso é muito ruim para o filme.
Se tratando de ruim, ainda posso citar os diálogos pobres baseados em berros para tentar passar o clima de tensão que esse filme deveria ter naturalmente, assim como os cenários poderiam ser melhor aproveitados, uma vez que nesse longa o foco não era a história e sim os efeitos especiais.
Ainda sim, o que era mais interessante no anterior, nesse aqui foi uma grande tentativa falha; cada sala contava uma história diferente de uma pessoa, mas dessa vez essa pessoa não fazia parte do jogo e quando você descobre quem é essa pessoa, da muita vergonha alheia.
Por que? Ela nem está no jogo, e a revelação por trás de quem é não tem peso nenhum. Revelação essa que vem acompanhada de uma reviravolta que não faz o menor sentido; já nesse momento, o espectador se pergunta o que pode ser verdade ou não, visto que um perosnagem do primeiro filme volta, então tudo é possível.
Por fim, não tem fim. Mais uma vez um final inacabado que ainda por cima tem mais uma reviravolta grosseira. E fica claro a intenção de um terceiro filme e a tentativa de ter uma franquia extensa. Contudo, Escape Room vai precisar se reinventar muito se quiser ter sucesso daqui pra frente.
Ademais, esse filme tem uma versão alternativo, que por incrível que pareça, é melhor que a versão dos cinemas.
Ficha técnica
Título: Escape Room 2: Tensão Máxima
Diretor: Adam Robitel
Roteiro: Oren Uziel, Fritz Bohm
Elenco: Taylor Russell McKenzie, Logan Miller, Thomas Cocquerel
Gênero: Terror, Suspense
Ano de produção: 2021
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