O desenhista, produtor e roteirista Frank Miller e a produtora Silenn Thomas encerraram o primeiro dia de painéis do Imagineland compartilhando com o público experiências da produção do documentário American Genius, que revisita a vida e carreira de Miller, e reflexões sobre a indústria de quadrinhos.
Durante a conversa, Miller e Thomas refletiram sobre o processo de criação do documentário. “Foi uma experiência estranha. Quando soube do projeto, eu disse que não me sentia um personagem ideal para um documentário, mas que queria fazê-lo. Eu não quis esconder nada”, explicou Frank Miller.
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“Foi um aprendizado épico. Tive um acesso muito generoso ao trabalho de Frank e foi uma honra” acrescentou Thomas. “É um grande feito ser Frank Miller e ser capaz de constantemente aprender e crescer e se aprofundar tanto nas histórias e nas personagens. Não é fácil”.
Vida e carreira
Ao longo do painel, Frank Miller conversou com o público sobre sua experiência na indústria de quadrinhos e as experiências pessoais que motivaram suas histórias.
“Eu entrei na indústria de quadrinhos em um momento em que você precisava vender seu corpo e sua alma para as editoras. Eu não queria fazer isso. Quis trilhar um caminho individual e inspirar outras pessoas a fazer algo semelhante, em que a arte está acima do dinheiro e do consumo”, explicou. “Eu disse à minha mãe que escreveria quadrinhos pelo resto da minha vida aos 5 anos de idade. E a forma de fazer isso no campo, que é onde eu cresci, é simplesmente com um lápis e um papel. Eu não precisava de uma equipe muito grande”.
Segundo Frank, prestar atenção à natureza humana é o primeiro passo para quem quer ser um bom desenhista e roteirista.
“Se você não sabe como o corpo humano funciona, não vai saber desenhar e os personagens terão músculos e curvas erradas, como mutantes radioativos. É preciso escutar, mais do que tudo. Prestar atenção a como as pessoas falam e estudar como elas se comportam. Não é uma missão simples ou fácil – e nem deveria ser”, comentou.
Batman
Sobre um dos personagens que moldaram sua carreira, Frank Miller afirmou que a ideia de Batman Year One foi construir um personagem mais humano. “Quando Dark Knight foi publicado, eu voltei a todos os meus rascunhos originais e percebi que havia uma história de fundo daquela personagem que precisava ser contada. Isso se transformou em Batman Year One”, disse.
Questionado sobre a inspiração para um de seus trabalhos mais conhecidos, Batman: the Dark Night, Miller foi sucinto: “eu estava há poucos meses de completar 30 anos, e a perspectiva de chegar a essa idade e me tornar mais velho que o Batman me apavorava. Então eu criei um Batman tão velho que eu jamais poderia alcançar sua idade – e por isso ele tem 50 anos”, concluiu, brincando.
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