Unindo um mundo turbulento por meio do cinema, o 78º Festival de Cinema de Cannes encerrou com seu momento mais político. O diretor iraniano Jafar Panahi recebeu a Palma de Ouro por “Foi Apenas um Acidente”, um filme diretamente inspirado em seu tempo na prisão.
Cheio de doses iguais de humor absurdo e ira, o filme de Panahi acompanha cinco personagens que acham que identificaram o promotor que os torturou durante suas próprias prisões. Mas, como todos estavam com os olhos vendados na prisão, nenhum deles pode ter certeza absoluta de que seu prisioneiro é o mesmo homem.
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Desde a primeira prisão e condenação de Panahi por “propaganda contra o regime” em 2010, o diretor continuou a fazer filmes, mesmo quando expressamente proibido de fazê-lo. Em 2011, ele enviou um pen drive para Cannes com seu filme, “Isto Não É um Filme”. E continua a defender abertamente outros diretores cujo trabalho o governo busca reprimir. A Palma de Ouro representa uma grande vitória para sua persistência. Além disso, marca a primeira grande vitória para um filme iraniano desde “Gosto de Cereja”, de Abbas Kiarostami, em 1997.
No ano seguinte à conquista da Palma de Ouro por um filme americano (“Anora”), o país passou por um esquecimento na premiação deste ano. O que significou que não houve nenhum reconhecimento para “Nouvelle Vague”, de Richard Linklater, “The Phoenician Scheme”, de Wes Anderson, ou pelo polêmico “Eddington”, de Ari Aster — embora a distribuidora americana Neon tenha novamente garantido os direitos para o prêmio principal da noite.
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