Jovens Psicopatas vs. Games

Jovens Psicopatas vs. Games

Mais uma vez, nos deparamos com uma triste notícia onde um jovem psicopata com hábitos de jogar, acaba assassinando alguém. Desta vez Guilherme de 18 anos, jogador do game Call of Duty, convidou uma jovem “amiga” que conheceu há um mês na internet para ir até sua casa com a intenção de jogar, “ficar” e em seguida matá-la (segundo o próprio acusado contou).

E também, mais uma vez, nos deparamos com a polêmica “jovens psicopatas e videogames” gerada propositalmente por alguns jornais que noticiaram tentando afirmar que “games influenciam os jovens à violência”.

À primeira vista, quando nos deparamos com algumas afirmações nos títulos dessas matérias, já ligamos os games à violência na vida real.

Imagem do site R7
Entenda a notícia:

A polêmica – Jovens Psicopatas vs. Games

Ainda mais, sempre que acontece algo parecido – como no caso de 2019, em que o vice-presidente da república Hamilton Mourão afirmou que a culpa pelo ocorrido seriam dos jogos de videogames -, muitos jornais tendenciosos criam um alarde acerca da influência que os games podem ter na vida de jovens que cometem essas atrocidades, não somente os games, como também animes, filmes, séries e até desenhos. Como se quisessem culpá-los por atitudes desumanas e violentas de algumas pessoas que os consomem.

Com isso, ficam os questionamentos: Os jogos, realmente influenciam à violência?

Ele matou porque jogava?

Ou jogava, porque é um assassino nato e se identificava com o jogo?

Games incentivam a violência?

Afinal, os games influenciam os jovens à violência ou não?

A verdade é que os games (por mais violentos que sejam) não estimulam a violência.

E isso não sou eu que estou afirmando, muito menos este site, mas pesquisas feitas em universidades renomadas, como a Universidade de Oxford em que se conclui que não há qualquer associação entre jogar e cometer atos de agressão física e violência… – Veja mais.

Como afirma o diretor de pesquisa da Universidade de Oxford, o professor Andrew Przybylski:

“A ideia de que video games violentos incitam agressões no mundo real é popular, mas isso não foi muito bem testado com o passar do tempo”

A questão

Já respondemos a principal deste post: Games não incentivam a violência. Mas o que acontece para que uma pessoa que tem o hábito de jogar esses games de ação, guerra e tiroteio acaba assassinado alguém na vida real, como o Guilherme?

Pessoas com tendência à psicopatia obtém em games com a temática violenta um certo “apoio” para eles.

De acordo com a psicóloga Jamylle Meira:

“Existem estudos que apontam um processo inverso, onde indivíduos agressivos tendem a gostar mais de jogos de vídeo game”

Jamylle Meira ainda conclui:

“Se formos para uma perspectiva psicanalista, há um mecanismo de defesa que chama sublimação, que a grosso modo é uma forma de direcionarmos nossos instintos, de morte, sexuais, etc.

Para algo que seja socialmente aceito. Pela conjuntura superficial sobre o caso, essa pessoa pode muito bem enxergar a realidade como uma extensão do jogo.

E isso, novamente decai num estado mental adoecido, como uma pessoa com personalidade antissocial (o antigo psicopata) entre tantos outros transtornos.”

Dessa forma, e em outras palavras, podemos concluir que não é culpa dos videogames se jovens com tendência à psicopatia decidem cometer assassinatos.

Mas esses jovens podem acabar encontrando em jogos de de guerra, ação e tiroteio uma espécie de referência.

Conclusão

De fato, games não incentivam a violência, porém vemos a necessidade de ter cuidado com algumas pessoas que já tem tendência ou histórico violento ou psicopatia ao consumirem esse tipo de produto, assim como qualquer outra coisa.

Enfim, o que nos resta agora é desejar que a família da vítima tenha forças para superar essa perda e nós da Team Comics desejamos que possam obter conforto neste momento difícil.

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