Finalmente, essa semana estreou o longa Nope (Não! Não Olhe!) no Brasil!
A princípio, “Nope” finalmente estreia no Brasil, cercado de enorme expectativa, graças ao sucesso anterior do diretor Jordan Peele em outros projetos, como “Get Out” e “US”. Contudo, quem esperava um longa parecido com os anteriores citados, está lamentavelmente (ou não) enganados.
Não! Não Olhe! trás um longa reflexivo e divisivo, aliando suspense, terror psicológico e Sci-Fi, com foco em extraterrestres. E por divisivo, entenda que é mais um daqueles longas que ou você irá amar ou odiar.
Dito isso, argumento que, Peele entrega um filme mais uma vez recheado de detalhes e simbologias. Porém, nem tudo é sumariamente vital para a trama principal, o que leva o espectador a se perguntar se isso é com a intenção de comentar futuras discussões sobre o filme, ou levar o público novamente ao cinema para tentar reparar em possíveis detalhes perdidos e linkar com algumas lacunas.
Sendo assim, o filme trata da dupla de irmãos Emerald e OJ, que moram em um rancho de cavalos no interior da Califórnia. Lá, eles são vizinhos de Jupe, ex- estrela infantil, que detém um parque de diversões inspirado no velho oeste. Eis que então os irmãos começam a presenciar eventos bizarros.
Entretanto, os eventos ficam menos bizarros e sobrenaturais, quando o material promocional do filme entrega que não é um OVNI. Isso, no meu ponto de vista, é frustrante demais.
Ainda assim, não ofusca o fato de que um grande clima de tensão é criado envolta do que poderia ser o causador dos eventos. E de fato, a partir do momento que se descobre que é uma criatura, é desenvolvida uma relação entre presa e predador entre OJ e o alien, e isso é bem interessante.
Em contrapartida, Jupe tem uma sub trama, no qual o foco é um trauma de infância, que até agora não entendi a utilidade dela pro filme. Temos uma passagem de um Chimpanzé, que trás uma sequência bem forte e agustiante. Entretanto, não agrega em nada para o filme, no ponto de vista de roteiro.
A única explicação na minha mente, é que essa experiência do Jupe, o fez crer que ele tinha um dom especial com predadores, ou simplesmente sorte. E isso pode tê-lo motivado a querer “domesticar” a criatura alienígena em prol do seu espetáculo.
Inclusive, essa reflexão sobre lucrar encima de possíveis eventos extraordinário, também é de muita valia para o contexto geral.
Vale ressaltar, temos também dois extremos de como o CGI pode ser bem e mau feito. Na proporção que a criatura é muito bem representada, o Chimpanzé assassino, parecia algo vindo de um console dos anos 2000.
Diante disso, temos a conclusão do terceiro ato. Falando em atos, o longa é dividido por capítulos; um erro na minha opinião, já que isso da a impressão do filme ser mais longo do que ele realmente é. Ainda assim, achei interessante o desfecho, que volto a repetir, levará a várias discussões.
Nope não é o maior acerto de Jordan Peele, mas também não é um desastre. Acho que aqui ele pecou pelo excesso, todavia, valeu a tentativa de dar uma nova roupagem a um gênero pouco visitado nos cinemas ultimamente
Ficha Técnica
Título: Não! Não Olhe!
Direção: Jordan Peele
Duração: 130 minutos
Gênero: Suspense, Terror
Ano: 2022
Classificação: 16 anos
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