Para quem gosta de literatura, o nome de Virginia Woolf é amplamente citado em diversos contextos. Autora do famoso Mrs. Dalloway, Woolf teve uma extensa produção tratando de temas diversos e de grande impacto na cultura inglesa e no mundo.
De uma forma geral, as obras de Woolf são regadas de forte teor feminista e monólogos existenciais. Para os interessados do século XXI, Virginia Woolf não apenas marcou seu lugar na literatura inglesa, mas como nome político, de forte importância para o movimento feminista. Não só isso, Woolf também faz parte de uma das grandes figuras LGBTQIA+ dentro do cenário do século XX.
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Desse modo, criamos aqui uma lista para conhecer as obras de Woolf. Confira abaixo.
Um Teto Todo Seu
“Por que as bibliotecas estão abarrotadas de obras produzidas por homens? Como o contexto social de mulheres influenciou a arte que produziram (ou deixaram de produzir) ao longo dos séculos? E se Shakespeare tivesse tido uma irmã tão talentosa como ele, poderia sua obra florescer e ser reconhecida?
Estas são algumas das perguntas que fervilhavam no pensamento de Virginia Woolf quando convidada para proferir uma palestra sobre o tema “Mulheres e ficção” nas universidades de Newham e Girton em 1928. Ao refletir sobre o que estaria na base para a genialidade e a escrita de ficção, a autora tece investigações e argumentos que revelam, com lucidez e um toque de sarcasmo, muitas verdades sobre a condição das mulheres que escrevem.” – Antofágica
Orlando
“Em Orlando: Uma Biografia, que Virginia Woolf considerava “simples brincadeira de criança”, “as férias de uma autora”, “uma escapadela depois desses livros sérios de experimentação poética, tão exigentes em matéria de forma”, “uma narrativa ao gênero de Defoe” para diverti-la, ela brinca com toda a seriedade não apenas com o leitor, a literatura e a pessoa biografada (no mundo chamado real, sua amiga e amante, Vita-Sackville West).
Do mesmo modo que uma criança brinca (também com toda a seriedade) a fim de apreender o mundo em que vive e aprender a lidar com ele, ela busca captar nuances do ser a partir de temas como a história, as convenções sociais, as leis que governam os homens, os costumes de seu país, a política, o amor, o poder, a morte, o casamento, a busca de liberdade, a fantasia e a realidade, a busca de uma unidade identitária, a pluralidade de “eus”, as diferenças de sexo e gênero, a natureza e a civilização, o tempo, a geografia. E, mais que tudo, a própria literatura.” – Martin Claret
Ao Farol
“Sra. Ramsay, uma mulher madura, bela, maternal e serena; sr. Ramsay, um renomado e árido filósofo; os filhos e criados do casal; Lily Briscoe, amiga da família e aspirante a pintora. Todos estão passando o verão na Ilha de Skye, na Escócia, cercados por outros amigos e conhecidos. James Ramsay, de seis anos, anseia por um prometido passeio ao farol da ilha, enquanto recorta figuras de um catálogo na companhia da mãe. “ – L&PM Editora
As Ondas
“Através de “falas” em linguagem elevada, elíptica, literária, acompanhamos a vida de seis personagens (Bernard, Jinny, Louis, Neville, Rhoda, Susan), da infância à velhice. Mas não sabemos precisamente nem o tempo nem os locais em que a “ação” se passa. E, embora o livro siga uma sequência, os eventos de cada uma de suas seções podem ser descritos mais como instantâneos do que como um contínuo.” – Autêntica
O Legado (conto)
O Legado é um conto curto, publicado na antologia de obras póstumas de Woolf “Uma Casa Assombrada” por seu marido. Assim, “O Legado” é construído a partir da perspectiva de um marido ao se deparar com informações de sua esposa morta.
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