‘Os Reféns de Gladbeck’ e a mídia circense

‘Os Reféns de Gladbeck’ e a mídia circense

Quando falamos de sequestro muito devem pensar em toda mobilização da policia, o choro e as pessoas se compadecendo. Outros já pensam em todas as câmeras apontadas e o plantão da globo subindo em horário nobre. Foi assim que aconteceu em muitos casos, principalmente aqui no Brasil. Ônibus 174 é um dos mais conhecidos casos de sequestro. Porém, dessa vez vamos viajar para a Alemanha, onde a netflix traz o documentário ‘Os Reféns de Gladbeck’ (Gladbeck: The Hostage Crisis). Um dos casos mais marcantes da antiga Alemanha Ocidental.

Onde tudo começa

Gadbeck fica na Alemanha, é uma cidade do interior, onde Dieter Degowski e Hans-Jürgen Rösner na tentativa de assaltar um banco acabaram criando uma situação com refém. No início eram somente dois, mas acabou virando mais de 30, depois que eles sequestram um ônibus lotado.

Montagem do documentário

Primeiramente, o diretor Volker Heise acertou em cheio em escolher fazer a montagem do documentário com filmagens reais. Tudo fruto de câmeras de segurança ou gravações televisivas da época, até mesmo a narração é feita por repórteres. E aproveitando esse fio, começamos a falar sobre o que é realmente o documentário. Se engana quem acha que é sobre o sequestro mais longo da Alemanha, é simplesmente sobre o show que a mídia fez em cima.

História que mudou até leis

Só para vocês terem noção o tabloide estadunidense Newsweek reportou o acontecimento como “Hans And Dieter Shoe”. Justamente pelo fato da mídia extrapolar a noção e o senso. Onde normalmente jornalista acompanham de longe, nesse caso ele participam até mesmo das negociações. Udo Röbel chegou até mesmo a ajudar os sequestradores a se locomover em uma das cidades, porque eles não sabiam para onde ir.

Tem até mesmo momento icônico onde eles entrevistam um dos sequestradores, e tudo isso com um tom descontraído e até mesmo recheado de risadas. Por isso eu friso que a discussão do documentário da Netflix ‘Os Reféns de Gladbeck’ não é sobre o sequestro, mas sim como a imprensa fomentou uma catastrofe anunciada ao dar palco para dois homens que não tinha medo de nenhuma consequência.

Enfim, só para ter noção atualmente é proibido os jornalista entrevistarem ou negociarem com qualquer sequestrador durante o acontecimento.

Por fim, o documentário poderia ter sido um pouco menor, justamente por seu com filmagens originais, ficou um tanto quanto repetitivo algumas cenas. Principalmente as perseguições contra o ônibus.

Avaliação: 4 de 5.

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