Dos vários diretores que surgiram na onda da Nova Hollywood nos anos 60, Roman Polanski foi um dos mais cultuados. Entretanto, o diretor carrega polêmicas e acusações da justiça americana em suas costas. O diretor franco-polonês, outrora celebrado por filmes como O Bebê de Rosemary, Chinatown e Repulsa ao Sexo, viu sua carreira ser afetada para sempre no ano de 1977, quando uma acusação de abuso sexual contra uma menor de idade veio em seu nome.
A carreira de Polanski teve inicio ainda na Polônia, terra natal do diretor. Porém, sua carreira realmente explodiu, quando ele começou a dirigir filmes na França e na Inglaterra. Foi desse período, na metade dos anos 60, que Polanski fez obras como Repulsa ao Sexo (1965), Armadilha do Destino (1966) e A Dança dos Vampiros (1967), este último inclusive tem no elenco sua futura esposa, Sharon Tate.
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Foi a partir de A Dança dos Vampiros, que o olhar americano sobre o seu trabalho começou a se expandir. Em 1968, Roman Polanski dirigiu O Bebê de Rosemary (1968), uma marco do suspense e do terror, e foi um filme que elevou sua carreira. Uma parte trágica em sua vida aconteceu em 1969, quando os seguidores de Charles Manson invadiram sua casa em Los Angeles, e assassinaram Sharon Tate, sua esposa na época, e que esperava um filho do diretor.
Mesmo após o episódio, o diretor teve uma boa leva de filmes no começo dos anos 70, como Macbeth (1971), O Inquilino (1976) e uma de suas grandes obras: Chinatown (1974).
O Crime de Roman Polanski
Em 10 de março de 1977, Polanski fazia um sessão de fotos com a adolescente Samantha Gailey, que tinha 13 anos na época. A sessão aconteceu na casa do ator Jack Nicholson, que era amigo do diretor, e estava no Colorado. A sessão de fotos na verdade, foi uma manobra que Roman encontrou para aliciar a jovem. Segundo relato da jovem, os dois tiveram relações sexuais, bem como ele ofereceu a ela bebidas e drogas.
Polanski enfrentou seis acusações, que eram relação sexual ilegal com uma mulher menor de 18 anos, estupro por uso de drogas, perversão, sodomia, ato obsceno e lascivo contra uma criança menor de 14 anos e fornecimento de substância controlada a um menor. O diretor se declarou culpado, e ficou por cerca de 42 dias preso.
A Fuga
A partir daqui, o diretor começou sua jornada de nunca mais pisar nos Estados Unidos. Após sair da prisão, Polanski tinha um acordo, que incluiría liberdade condicional. Porém, de algum jeito ele soube que o juiz do caso não iria mais aceitar o acordo, e a pena que o diretor sofreria, era de mais de 50 anos preso. Um dia antes do julgamento, Roman Polanski deixou os Estados Unidos rumo a Inglaterra, e logo depois a França. Desde então, o diretor vive em solo francês, beneficiado pela lei francesa que não extradita seus cidadãos. Entretanto, nos Estados Unidos ele é considerado um foragido da justiça até hoje.
Polanski chegou a ser preso em 2010 na Suiça, porém, por uma falta de documentos ele foi solto. O diretor ainda é acusado por outras 6 mulheres, de abuso sexual e outras coisas. Mesmo assim, Polanski recebeu (e ainda recebe), muito apoio da parte artística. É só lembrar que, mesmo com todas as acusações e um mandado de prisão em aberto, a Acadêmia de Artes e Ciências Cinematográficas, que cuida do Oscar, o premiou com uma estatueta em 2003 por O Pianista.
Até a própria Samantha Gailey defendeu o diretor, com uma das alegações sendo a de que nos anos 70, as coisas eram diferentes. Porém, o próprio Polanski já disse em algumas entrevistas que, tem uma atração genuína em menores de idade, um sujeito pra lá de esquisito. Polanski até hoje monitora muito bem os seus passos, pois se cair em um país que extradita cidadãos, o seu pesadelo se tornaria real.
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