Toda criança dos anos 2000 cresceu assistindo Power Rangers. Eu mesmo sempre assistia quando passava na TV, e tinha DVDs de várias eras diferentes (as minhas favoritas eram Tempestade Ninja e Força do Tempo).
Mas por mais que o desenho seja sucesso entre os nascidos no novo milênio, o início da febre Ranger se deu no fim do século passado, quando decidiram americanizar um anime japonês chamado Changeman, juntando as sequências de luta do mesmo com cenas dramáticas filmadas nos EUA, de modo a dar uma história aos personagens.
E desse experimento maluco saiu Mighty Morphin Power Rangers, que foi a primeira geração da série animada estadunidense. E ela foi um hit absoluto, não só nos EUA, como em toda a América, especialmente no Brasil, onde o programa foi campeão de audiência na Globo pela saudosa TV Colosso.
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Contando a história de 5 jovens estudantes que ganharam poderes alienígenas baseados em dinossauros, o desenho foi um marco da década de 90. E ante tamanho sucesso, várias outras encarnações dos personagens foram surgindo, sendo que cada fã tem a sua favorita.
Mas a versão original sempre foi a mais nostálgica, e foi querendo explorar tal nostalgia que surgiu a ideia deste Reboot em live-action da saga.
A pergunta que fica é: O filme tem qualidade ou deu a lógica?
Ele tem qualidade
Eu sei. Parece mentira, mas é verdade. O novo Power Rangers é um ótimo reboot, extremamente divertido e bem construído. Aliás, é seguro afirmar sem exageros que é um dos melhores filmes do subgênero.
E tal mérito é concebido à obra apenas pelas cenas de ação, que são ótimas, mas pelo seu enredo e protagonistas.
Os 5 rangers são personagens muito bem construídos, cada um deles com seus próprios defeitos, qualidade e demônios. E é deveras emotivo acompanharmos a jornada deles ao longo do roteiro, onde testemunhamos os seus crescimentos não só como heróis, mas como indivíduos.
Eu sei que tal premissa passa longe de ser original. Desde o Clube dos Cinco Hollywood lança diversas produções com a mesmo esqueleto, e Power Rangers não tem pudor algum em disfarçar a sua inspiração no clássico de 85.
Mas o resultado final foi extremamente positivo, e os arcos dos rangers combinou mesclou perfeitamente com as cenas de ação. Cenas essas que por sua vez são extremamente bem filmadas, repletas de fan-service e com ótimos efeitos visuais.
Todos os atores entregam um bom trabalho, todos os trajes são bonitos, os 5 megazords são maneiros, quase todos os novos elementos dessa produção são surpreendentemente positivos.
A falta de originalidade e algumas artificialidades da trama e do roteiro impedem que o longa alcance um status de excelência, mas ainda assim, o novo Power Rangers se destaca em seu carisma, visual e nostalgia.
Só é uma pena que uma sequência seja tão difícil se ocorrer devido à baixa bilheteria da obra, que acabou sofrendo pela má fama de seu subgênero.
Ficha Técnica
Direção: Dean Israelite
Roteiro: John Gatins
Duração: 124 minutos
País: EUA
Gênero: Ação e Aventura
Onde assistir: Netflix
Ano: 2017
Classificação: 14 anos
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