O filme ‘Maestro’, um dos ‘Oscar bait’ desta temporada de premiações, teve a árdua missão de tentar biografar um pedaço da vida do lendário maestro Leonard Bernstein. Com direção, co-roteiro e protagonismo de Bradley Cooper, o filme conseguiu cumprir a missão de ter indicações em várias premiações, com o Oscar como o grande chamariz. Entretanto, as vitórias do filme até aqui, são pífias.
E não que ‘Maestro’ seja um filme ruim, mas Cooper simplesmente se esqueceu de registrar aquilo que fez de Bernstein, um respeitado maestro: sua música e suas criações. Então, aqui vamos contar a vocês, quem foi Leonard Bernstein, o mais aclamado maestro nascido em solo americano.
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Infância e ceticismo dos pais com o filho prodígio
Bernstein nasceu em Lawrence, Massachusetts, em 1918. Filho de judeus ucranianos, Bernstein se mostrou interessado em música desde muito cedo. Entretanto, apesar de mostrar vocação para o assunto, os pais do jovem garoto nunca mostraram dar tanto apoio a essa empreitada. Um fato curioso, e que de certa forma mostra o lado excêntrico de Bernstein, é que de nascimento, seu nome oficial foi Louis, um insistência da avó do menino. Entretanto, seus pais sempre o chamavam de Leonard, e foi por isso, que aos 18 anos, ele mudou seu nome legalmente para Leonard.
Apesar do pouco apoio dos pais, o irmão mais velho de Leonard foi sua grande fonte de apoio para se interessar ainda mais em música. E foi com uma bagagem abrangente de conhecimentos musicais, e uma facilidade impar em aprender a tocar instrumentos, que o jovem garoto se graduou em música, pela Universidade de Harvard, em 1939.
Fama precoce
Os anos 40 foram graciosos para o futuro maestro. Claro, que um pouco de sorte sempre andou ao lado de Leonard. Vivendo em Nova Iorque, o jovem Bernstein viveu por muito tempo fazendo arranjos e adaptações de várias partituras com vários outros artistas da época. Foi nessa época também, que começaram suas aventuras sexuais sem freios.
No ano de 1943, o regente Bruno Walter se impressionou com as habilidades de Leonard, e o convidou para auxiliá-lo junto à Filarmônica de Nova York. E numa daquelas coisas que só o destino consegue explicar, num curto intervalo de tempo, Bernstein se viu regendo a Filarmônica de Nova York, após Bruno ter um forte gripe.
O feito foi impressionante, e não que faltará a Bernstein habilidade para tal coisa, mas ele sequer teve tempo de fazer um ensaio com a orquestra. Além disso, seria um concerto com transmissão nacional para o rádio. Entretanto, a apresentação foi tão bem executada e elogiada, que no dia seguinte, Berstein estava na capa do The New York Times.
Sucesso nacional
E foi durante esse período, que Leonard Bernstein explorou sua criatividade ao máximo. Ele compôs, regeu, ensinou, e conduziu várias orquestras pelos EUA e pela Europa. E foi durante o período do pós-guerra, que Bernstein explorou outra área: a de escrever musicais.
Seus passos na Broadway também foram brindados com um sucesso ímpar. Só na década de 50, Berstein criou cinco obras para os palcos da Broadway, e isso enquanto também compunha diversas obras sinfônicas. Entre as obras que ele escreveu nesta década: estão a adaptação musica de Peter Pan; Trouble in Tahiti (tida como seu musical mais sombrio); ele escreveu a partitura do musical Wonderful Town; a opereta Candide, em 1956, e o que talvez seja seu musical mais famoso, West Side Story.
Além disso, no final da década, Bernstein se tornou diretor da Filarmônica de Nova York, isso tudo num intervalo de pouco mais de 20 anos.
Anos posteriores e ativismo
Bernstein continuo compondo, ensinando e regendo praticamente até os últimos momentos de sua vida. Além disso, ele era ativo nas Filarmônicas de Nova York, Israel e Viena. Bernstein conduziu seu último concerto em 19 de agosto de 1990, com a Orquestra Sinfônica de Boston em Tanglewood. Ao longo da sua vida, Leonard Bernstein lutou por uma variedade de causas políticas e humanitárias, e por muitas vezes mostrou seu apoio ao movimento dos direitos civis em suas peças. Além disso, ele fez muitos eventos para arrecadar fundos para a defesa dos membros do Partido dos Panteras Negras.
Além disso, ele apoiou vários movimentos contrários a guerra do Vietnã, e também era um defensor comprometido e declarado do desarmamento nuclear.
Bernstein tinha um dom em combinar o clássico com o contemporâneo, e sua morte em 1990, foi lamentada por quase todo mundo nos EUA. Entretanto, seu lugar de destaque no mundo da música é intacto, e colocou seu nome como um dos maiores regentes do século XX. Um homem excêntrico, e que fez questão de expor sua criatividade em vários segmentos musicais, e que sempre colocou a música a frente de qualquer coisa.
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