Confira nossa crítica de She-Hulk: Defensora de Heróis, nova série da Marvel Studios.
Há uma nova onda na internet no que se diz respeito a histórias com heroínas e produções estreladas por mulheres. Virou padrão ser idiota e comentar asneiras pelas redes sobre algo que fuja do tradicional ou que vá contra ao que já está estabilizado no mercado. O que She-Hulk: Attorney at Law faz é justamente zoar com a cara desses fanfarrões da internet, de um jeito escrachado e debochado. O que convenhamos, ficou ótimo.
Sobre a She-Hulk ou simplesmente Jen
Em She-Hulk, acompanhamos o cotidiano de Jennifer Walters, também conhecida como advogada, prima do Hulk ou simplesmente Jen. Que assim como nas HQs, após entrar em contato com o sangue do seu primo, Bruce Banner, se transforma numa gigante esmeralda. De todas as séries da Marvel lançadas até aqui, considero Falcão e o Solado Invernal a mais sólida e com qualidade mais elevada. Contudo, Defensora de Heróis me cativou justamente por ser totalmente despretensiosa e não estar nem aí para desenvolver um caminho para o próximo Vingadores ou trazer um vilão poderoso para Jen enfrentar na season finale.
A princípio, She-Hulk é apenas um sitcom de advogados estrelada por uma mulher solteira no auge dos seus 30 anos que acidentalmente ganha poderes de um monstro verde e raivoso. Partindo dessa premissa; temos uma série com episódios curtos na faixa de 30 minutos que mostram o dia-a-dia dessa advogada única e irreverente. Sendo a responsável por defender nos tribunais os heróis, She-Hulk é ótima sendo o que é, e isso é o suficiente.
CGI problemático
Quando o primeiro trailer foi lançado, a Disney e a Marvel receberam uma enxurrada de críticas negativas devido aos efeitos extremamente ruins da protagonista e dos coadjuvantes. Apesar disso, a plataforma tentou melhorar os efeitos visuais, mas; continuaram ruins com a chegada da série. Sério, não tem condições nenhuma de defender aquilo que chamam da forma verde de Jennifer Walters. Parece a Lu do Magalu, é inacreditável de ruim, parece um boneco mal feito; mas como os próprios criadores do programa falaram que não escreveram a série considerando os efeitos, fica indefensável. Desse modo, já é unanimidade que os efeitos são grotescos, ninguém deve discordar, a não ser um cego que assistiu, olá Matt Murdock. Além disso, o roteiro de episódios como o do casamento me fizeram querer desistir do programa.
Considerações Finais
Apesar dos efeitos medíocres e episódios sem valor nenhum pra história, a série no geral vale muito a pena, e isso nem é pela presença de personagens como Demolidor, Wong ou outros. A própria Jennifer Walters está excelente, muito disso, pela atuação magnífica de Tatiana Maslany que consegue trazer uma profundidade gigantesca para Jen. A atriz consegue transitar muito bem entre os dilemas de Walters; como uma mulher de trinta anos da sua busca por um amor em aplicativos de namoro ao seu papel como advogada de heróis na pele da gigante esmeralda. Além disso, por ser uma série simples e sem grandes perspectivas de uma luta final entre mocinhos e vilões, ela se destaca nas últimas produções da Marvel.
Ficha Técnica
Título original: She-Hulk: Attorney At Law
Criação: Jessica Gao
Elenco: Tatiana Maslany, Ginger Gonzaga, Mark Ruffalo.
Transmissão: Disney Plus
Gênero: Comédia, Fantasia, Super-Herói
NOTA: 3,5/5,0