Uma das melhores séries da década. Essa é a melhor palavra para descrever o que Succession entregou na HBO. A série chegou ao fim no último domingo, e entregou uma das melhores coisas feitas na TV nos últimos tempos.
Toda a dinâmica familiar disfuncional dos Roys, chegou ao fim com um desfecho no nível que a série desenhava. A quarta temporada da seríe, tem como pano de fundo a venda do conglomerado de mídia Waystar Royco ao visionário da tecnologia Lukas Matsson, que está cada vez mais próxima. A perspectiva dessa venda sísmica provoca angústia existencial e divisão familiar entre os Roys, pois eles antecipam como serão suas vidas quando o negócio for concluído. Uma luta pelo poder ocorre quando a família avalia um futuro em que seu peso cultural e político é severamente reduzido.
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Vale a pena?
Fica até difícil pensar num domingo, sem as correrias por corredores, as tensões, e brigas que os Roys proporcionaram durante esses 4 anos. O grande trunfo da série nesta última temporada, foi manter nossa curiosidade, atenção e tensão sempre no máximo. Aliás, o episódio 3 desta temporada foi algo surreal, com a morte repentina de Logan Roy, tudo que imaginamos sobre o que se desenrolaria a venda da Waystar cai por terra. Porém,mesmo morto, Logan foi a grande presença da série durante os episódios finais. Todas as cicatrizes que ele deixou em cada um dos seus 4 filhos, se aflora e isso é o grande catalisador da série.
Assim sendo, Logan foi a força motriz pelo que cada um dos filhos viveu. E sua morte trouxe a ainda mais a tona, os sentimentos não resolvidos dos filhos com o pai, a tragédia shakesperiana sempre é o mantra da série. O roteiro da série sempre consegue deixar isso em evidência, e mais, consegue mostrar que, mesmo num momento de luto, nenhum dos personagens merecem empatia. Eles são pessoas horríveis, e nos perguntamos quase sempre se, ainda existe humanidade em cada um.
O roteiro que Jesse Armstrogn cria, junto de um elenco competente, que guia este barco durante as ondas de emoções que os episódios trazem, é surreal. No final, a atiçada luta pelos irmãos por aprovação, poder, perpetuação de seus ”legados”, fica a deriva, assim como muitas vezes o personagem de Kendall fica. Mimados e vivendo em mundos paralelos, os irmãos, assim como o sobrenome Roy, entra para o imaginário. Sempre imprevisivel de se traçar alguma linha, Succession mais uma vez mostra a qualidade da HBO, desta vez, em forma de uma das melhores séries da história.
Trailer da série
Ficha Técnica
Criação:Jesse Armstrong
Roteiro: Jesse Armstrong, Ted Cohen, Will Tracy, Tony Roche
Duração: 56-88 minutos por episódio.
País: Estados Unidos
Gênero: Drama, comédia, humor negro.
Ano: 2023
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