The 100 | Crítica Sétima Temporada

The 100 | Crítica Sétima Temporada

A 7ª e última temporada de The 100 chegou recentemente na Netflix e levou os fãs à loucura com todas as mortes, reviravoltas e seu final polêmico que conseguiu encerrar a série com um gostinho de quero mais! Mas afinal… Foi uma boa temporada?


COMEÇOU MUITO BEM


Após uma 6ª temporada incrível que conseguiu reinventar completamente a série com a revelação de um novo planeta, The 100 retornou para sua 7ª temporada com um grande mistério: O que a pedra da anomalia faz, e o que aconteceu com a Octavia. A princípio, a temporada é excitante! O primeiro episódio termina com um dos discursos mais frenéticos da série, com Clarke destruindo o palácio de Sanctum em chamas e sentenciando Russell a morte. Porém, as coisas começam a ficar complicadas quando a ausência do Bellamy passa a ter um peso maior nos episódios. Bob Morley (Bellamy) pediu um tempo de descanso para o showrunner da série, Jason Rothenberg, que deu para a Echo, Indra, Gabriel e Emori muito mais destaque na trama dessa temporada após a saída do ator.


OS PERSONAGENS

A TRANSCENDÊNCIA

Echo foi sem dúvida a melhor surpresa dessa temporada! A ex espiã de Azgeda carregou boa parte da temporada nas costas, sua determinação para resgatar o Bellamy e sua vontade de vingança contra o Cadogan e os Discípulos foi o que moveu o plot principal dos primeiros episódios, que serviram para nos apresentar a Hope, a filha de Diyoza, que foi criada em Skyring pela ex terrorista e a antiga Blodreina, mais conhecidas como Diyoza e Octavia. Compensando o pouco tempo de tela na 6ª temporada, dessa vez a Indra se tornou uma das personagens recorrentes de The 100! Nossa guerreira serviu cenas de luta e discursos fervorosos nessa temporada, provando ser uma das personagens mais icônicas da série. Murphy e Emori também tiveram muita importância no arco de Sanctum, principalmente a Emori, que conseguiu impôr seu papel de liderança. Honestamente, eu senti a Clarke um pouco apagada em alguns momentos, mas isso era apenas um preparo para todos os acontecimentos finais desastrosos na vida da nossa Wanheda.

Uma aposta arriscada, mas que fez sentido. A raça humana finalmente seria julgada após tantas guerras e genocídios cometidos ao longo dos milênios, por seres superiores que aplicam um teste decisivo em inúmeras outras espécies pelo universo. Ao passar, transcenderíamos, tomando o último passo da evolução… Ao reprovarmos, seríamos aniquilados por uma substância mortal. Eu achei a proposta interessante, mas sendo sincero, não consegui gostar de Bardo e os Discípulos, e não foi por causa da ambientação ou algo do tipo, pois The 100 sempre dá um show em seus cenários e novos ambientes, mas sim porque faltou dar aquele frio na barriga que sentíamos com o Mount Weather, por exemplo.


O SHEIDHEDA

Tendo sido introduzido na 6ª temporada, Sheidheda retornou para tocar o terror em Sanctum. O Comandante das Trevas está agora no corpo de Russell, que foi morto pelo Sheidheda dentro de seu Mindspace, que foi criado após o Sheidheda fazer upload no Drive Mental do Russell. O arco de Sanctum começa lento, mas aos poucos se desenrola e explode! Tendo seu ápice no episódio 10, quando acontece o Sologonplei entre Indra e Sheidheda. A divisão entre o arco de Sanctum e os problemas dos outros planetas foi bem feita, mas de nada adianta se você arrasta o grande vilão até o último episódio, fazendo ele perder todo o peso e temor que acrescentava nos episódios anteriores! Sheidheda foi marcante, mas devia ter sido morto no episódio 13, não havia sentido em prolongar o personagem por mais episódios, mesmo o ator sendo incrível, o personagem perdeu seu encanto do mal.

EPISÓDIO 8: ANACONDA

Um dos episódios mais icônicos de toda a série! Esse episódio serviu como uma apresentação para a série prequel de The 100, que contará a história da Callie, filha do Cadogan. Voltando 228 anos no passado, finalmente entendemos toda a ligação entre o Bunker do Segundo Amanhecer, as pedras da anomalia e os Grounders. A nova série do universo de The 100 promete nos levar de volta ao primeiro apocalipse, onde acompanharemos a Callie dando início à cultura Grounder, buscando a pessoa adequada para se tornar o primeiro Comandante, fugindo de seu irmão que planeja roubar a Chama e criando uma nova sociedade das cinzas. Novas informações sobre a produção da série ainda não foram divulgadas, mas sabe-se que o projeto continua em discussão e deve ser produzido pela HBO Max, em parceria com a WarnerMedia.

O RITMO DOS EPISÓDIOS

Pra mim, a maior falha dessa temporada. The 100 sempre conseguiu nos entregar uma trama linear que se desenrolava em uma série de acontecimentos explosivos! Mas dessa vez, o ritmo dos episódios começa surpreendente e vai oscilando conforme a temporada vai avançando. A partir do episódio 7 eu tive a sensação de que os acontecimentos foram se atropelando, um exemplo disso foi a chegada da Clarke e o grupo em Bardo. Eles saíram de Sanctum no fim do episódio 4, chegaram em Nakara no episódio 6, e em Bardo no fim do episódio 7. Clarke chega no salão da pedra já em posição de ataque, e é no episódio 8 que acontece toda a apresentação do prequel de The 100. O fato é: No episódio 9 tivemos a explicação de como Octavia, Diyoza, Echo e Hope viraram Discípulas, então nós chegamos no episódio 10 e a Clarke continua na MESMA cena do episódio 7, aquele plot ficou estagnado por quase 4 episódios! Mas felizmente, a temporada recupera o fôlego com o retorno de Bellamy, que estava supostamente morto desde o episódio 5.

O BELLAMY


Seu retorno foi revigorante, e ao mesmo tempo decepcionante. Foi incrível ter Bellamy Blake de volta ao jogo, mas absolutamente NADA sobre o arco do personagem fez sentido nessa parte da temporada! Por mais que ele tenha passado por experiências “milagrosas” em Etherea, o Bellamy que nós conhecíamos JAMAIS iria enviar a Clarke para uma máquina de tortura, ainda mais depois de passar a 6ª temporada inteira lutando para salvar a vida de sua amiga. As coisas que o Bellamy falou para a Echo… Foi horrível, e sua relação com a Octavia foi extremamente rasa, levando em conta que era a última temporada e a última chance dos dois terem mais tempo de tela juntos. Esse circo tem um fim no episódio 13, quando Clarke MATA o Bellamy, dando um tiro em seu peito, após o personagem encontrar o caderno de desenhos da Madi. Bellamy queria entregar a Madi para o Cadogan, na tentativa de encontrar o código do teste através do M-Cap, mas Clarke sabia os riscos que sua filha correria e ameaçou matar o Bellamy caso ele não entregasse o caderno de desenhos. Como um grande fã de The 100, eu preciso ser honesto: Ver a Clarke apontando uma arma para o Bellamy, e puxando o gatilho… Foi um sentimento destrutivo. Depois de tudo que esses dois passaram, de todos problemas e os inimigos que eles enfrentaram juntos, eu não imaginava um final diferente para eles do que ambos lutando uma última vez em prol de sua família, mas o Jason tirou isso de nós. Eu preciso confessar minha indignação, pois a sensação que tive foi de que ele não aprendeu com seus erros de anos atrás, quando matou a Lexa de uma forma estúpida.

O RETORNO PARA A TERRA

MURPHY E EMORI


Após a morte do Bellamy, descobrimos o paradeiro do restante do grupo quando Clarke foge dos discípulos e chega no Bunker do Segundo Amanhecer, na Terra. Foi um retorno um tanto corrido, mas muito emocionante! Mas a felicidade durou pouco, já que o caderno de desenhos da Madi ficou em Sanctum, e ao descobrir tudo, Cadogan enviou o Sheidheda para capturar a Madi. Tendo falhado na missão, Sheidheda foge, e Madi decide se entregar para o Cadogan na tentativa de salvar a Clarke e o grupo, se esfaqueando com a faca rastreadora. Foi uma decisão de roteiro MUITO burra, pois a Clarke matou o Bellamy para proteger a Madi, e no fim das contas a própria Madi se entregou? Nesse caso, o Bellamy morreu por nada! As coisas ficam mais pesadas ainda quando Clarke e Octavia vão até Bardo para resgatar a Madi, e encontram a garota presa no M-Cap, paralisada, com danos cerebrais irreversíveis, sem poder falar e nem se mexer. Foi simplesmente a cena mais pesada de toda a série, The 100 cruzou qualquer limite, nos levando para o lado mais sombrio da ficção científica pós apocalíptica.

A bomba enviada por Cadogan abalou a estrutura do Bunker e os destroços feriram gravemente a Emori, fazendo com que Murphy, Raven e Jackson se apressassem para encontrar a pedra da Terra, que estava escondida no Bunker. Não há dúvidas, Murphy e Emori são o melhor casal de The 100, com o melhor desenvolvimento e evolução! A Emori foi inexplicável nessa temporada, e seu final com o Murphy foi a melhor parte do último episódio da série. Após chegarem em Sanctum e a Emori morrer em cirurgia, Murphy retira o Drive Mental dela e coloca em sua cabeça, criando um Mindspace, como o da Clarke e Josephine da 6ª temporada, onde os dois tiveram a chance de ficarem juntos por mais alguns minutos, em uma cena LINDA e MUITO emocionante! Foi o melhor desfecho dentre todos os personagens, e convenhamos… Eles mereceram.

O FINAL

Com sede de vingança, Clarke sai em busca do Cadogan e finalmente mata o vilão da temporada a sangue frio, dentro do teste que havia sido aberto por ele. Sem saída, Clarke se vê obrigada a representar a humanidade no teste que decidirá o destindo de toda a raça humana! O ser superior que aplica o teste toma a forma de uma pessoa muito amada pelo sujeito a ser julgado, no caso da Clarke, a Lexa. Alycia Debnam-Carey retornou para o último episódio de The 100, vestida com o figurino da Lexa, mas ela não era a nossa Heda, e mesmo assim, Clarke abraça o ser superior, emocionada e com os olhos cheios de lágrimas. Como um grande fã de Clexa, eu me senti muito feliz por ver que a Clarke continuou amando a Lexa pelo resto de sua vida. Após desmoronar e fazer um discurso movido por ira e muita sinceridade, Clarke é reprovada no teste e a raça humana é condenada ao extermínio. Enquanto Clarke sai do teste, uma guerra entre Wonkru e os Discípulos acontece em Bardo, e Raven entra no teste, na tentativa de convencer os seres superiores a mudarem de ideia. Eu amei demais o papel da Raven nesse final, ela é a minha personagem favorita e fiquei muito feliz por ver ela tendo tanto destaque nesse final. Octavia também foi maravilhosa, com seu discurso ela conseguiu parar a guerra e os seres superiores decidiram transcender a humanidade, incluindo a Madi e Emori, que também transcenderam por conta de suas mentes, que estavam a salvo. A cena destoou um pouco da vibe da série, mas a mensagem por trás de tudo fez sentido e conseguiu honrar toda a luta dos personagens desde o Piloto.


A CLARKE

Por ter matado uma pessoa dentro do teste, a punição que os seres superiores encontraram para a Clarke foi não transcender ela, e deixá-la sozinha. Minha opinião sobre isso é clara: Clarke SEMPRE sofreu por todos, se sacrificou todas as vezes e a culpa de tudo era sempre dela, e até mesmo no final da série o destino dela continua o mesmo? Sofrer e carregar a culpa por todos? Achei injusto. Mas felizmente o ser de luz na forma da Lexa aparece, e explica para a Clarke o que está acontecendo. A transcendência é uma escolha, você pode escolher voltar, e vendo que a Clarke ficaria sozinha, seus amigos decidiram voltar por ela, e a cena foi emocionante! O ser de luz explica que a Madi decidiu não voltar, pois quando todos morressem ela ficaria sozinha, já que não havia mais ninguém da idade dela, e ela sabia que a Clarke não iria querer isso para ela. Também nos foi explicado que aqueles que voltaram não poderão ter filhos, e quando morrerem não irão transcender. Ou seja: Clarke, Octavia, Raven, Murphy e o resto do grupo são os únicos da raça humana em todo o universo, e isso é algo espetacular!

CONCLUSÃO:

A 7ª e última temporada de The 100 não foi ruim, mas também não foi espetacular como as outras. Mas é incrível: Mesmo tendo decisões polêmicas e mortes sem sentido, como as do Bellamy e Gabriel, a série continua nos deixando LOUCOS, com uma trama muito envolvente e que consegue nos prender até o final! Foi muito polêmica e dividiu opiniões, mas o nível da série continuou lá em cima, pois esses personagens fizeram história. Dos 100, fomos até o Mount Weather, logo mais à Cidade da Luz, um novo apocalipse destruiu a Terra, prisioneiros intergalácticos começaram uma guerra contra Wonkru e após a destruição total da Terra, descobrimos um novo planeta e desmascaramos um grupo de falsos deuses… Admita, um dispositivo alienígena que abre um buraco de minhoca para mundos diversos e inicia o julgamento final, foi uma última viagem frenética.

Avaliação: 3.5 de 5.

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