Quase um estilo recém-descoberto, filmes e séries satirizando a vida de milionários tem se tornado cada vez mais comum, é só olharmos os casos de algumas produções recentes, como The White Lotus, O Menu, e o grande destaque no cinema nessa área, o filme sueco Triângulo da Tristeza.
Tratando de forma satírica o consumismo sem freio, o modelo de mundo paralelo que milionários vivem, e a desigualdade estratosférica causada pelo capitalismo, Triângulo da Tristeza nos mostra como coisas básicas muitas vezes são maior do que parecem. No filme, vemos um casal de modelos tentando de toda forma crescer e serem famosos. No decorrer, eles ganham passagens para um cruzeiro, onde estão vários milionários. Como a viagem sofre uma turbulência em dado ponto, os papeis de milionário e classe média se invertem, mostrando o ponto alto do filme.
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Vale a pena?
Ruben Östlund é um diretor e roteirista sueco que sempre mostrou essa faceta da crítica social em seus filmes, assim como as dinâmicas das relações humanas, e, em Triângulo da Tristeza ele se debruça em explorar o quanto os milionários são ingênuos, a ponto de não saberem o básico de determinadas coisas, e, o quanto a inversão dos papéis os deixa de chinelos, mesmo com todo dinheiro do mundo.
O longa tem alguns pontos negativos até chegar em seu bom momento – que é a dinâmica na ilha -, talvez ele demore mais do deveria em certos momentos, com alguns diálogos que não são lá tão bem memoráveis. A medida que o longa avança, fica claro que Ruben em mudar seu direcionamento, trabalhando muita mais no tema, do que nas pessoas ali envolvidadas.
Um dos destaques do filme sem duvida, é a dupla que faz os modelos, Carl (Harris Dickinson) e Yaya (Charlbi Dean) (Charlbi Dean infelizmente morreu inesperadamente no ano passado), que conduzem o filme muito bem até onde podem. Outro destaque é Dolly de Leon, que faz a faxineira que acaba se tornando a capitã em determindado ponto.
Triângulo da Tristeza esta longe de ser um filme perfeito, não a toa, sua vitória em Cannes causou tanta divisão, mas é um filme que mostra claramente que, quanto mais o tempo passa, e mais abastadaos surgem, as diferenças socias só aumentam, e pior, os abastados vivem literalmente, nas nuves.
O filme tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros em 16 de fevereiro.
Trailer do filme
Ficha Técnica
Direção: Ruben Östlund
Roteiro: Ruben Östlund
Gênero: Drama, comédia
Duração: 147 min.
País: Suécia
Ano: 2022
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