Antes do advento dos Vingadores, os X-MEN sempre foram a maior equipe de heróis da Marvel. Suas série animadas eram de grande sucesso, suas Hqs eram multipremiadas, suas action figures vendiam como água; Um completo fenômeno.
E querendo abocanhar uma fatia desse bolo, a FOX fez uma oferta irrecusável à Marvel e comprou os direitos dos filhos do átomo pro cinema.
À época as adaptações de Super-Heróis não estava tão em alta quanto hoje. As últimas 2 obras do gênero foram Batman e Robin e Aço, e ambas foram um fracasso retumbante. Então a FOX sabia que teria que ser muito cuidadosa com a franquia X-MEN caso quisesse que a saga fizesse sucesso.
E assim ela o fez.
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Um tom mais realista
A primeira coisa que o estúdio fez foi procurar um diretor competente e de renome para capitanear o projeto. O nome escolhido foi o de Bryan Singer, que estava em alta na época após seu longa metragem Os Suspeitos, que ganhou vários prêmios, inclusive o Oscar. Hoje nós sabemos a figura repulsiva que Singer é, mas polêmicas à parte, ele era a melhor escolha possível para liderar a adaptação àquela época.
E a principal mudança que Singer fez com os X-MEN foi transformar a equipe de Heróis para soldados.
Ou seja:
Sem uniforme coloridos.
Sem atmosfera cartunesca.
E sem diálogos infantilizados.
O filme não seria uma obra de fantasia, mas uma obra de ação. E isso iria reflitir em todos os aspectos da produção, desde a história com um cunho mais dramático e político até as cenas de ação mais focadas em tiro e explosões.
E por mais que a escolha tenha gerado um impacto negativo no início, se provou ser a decisão correta a longo prazo, pois permitiu que mais pessoas que não tinham contato com as Hqs se tornassem fãs da equipe e acompanhassem a saga no cinema.
Escolha dos X-MEN
Roteiro escrito e diretor escolhido, agora a FOX pode passar para talvez a parte mais fundamental nesse tipo de filme.
A escolha dos atores.
E podemos dizer que nisso eles acertaram e muito.
Apesar de algumas performances esquecíveis, tal qual a Vampira da Anna Paquin e o Ciclope do James Marsden, a maioria do casting foi impecável. Com um destaque mais do que especial pro trio principal da saga, composto de forma brilhante por Patrick Stewart, Ian McKellen e Hugh Jackman. Eu nem preciso falar os personagens deles, todos sabem bem quem eles são…
Mas o filme é bom?
Mas no final das contas, o produto final foi bom?
À época, com o nível das produções baseadas em quadrinhos que Hollywood estava lançando, X-MEN era quase um Cidadão Kane do gênero
Mas se fossemos analisar a obra friamente, com base nos dias de hoje:
Ela possui alguns defeitos incontornáveis.
A Vampira é uma péssima personagem principal, as cenas de ação são bem medíocres, os diálogos, com exceção dos entre o Charles e o Erik, são muito canastrões e nada naturais(o que já era de praxe pra maioria dos filmes de ação da época) e talvez o seu maior pecado seja o fato de que o filme fica meio monótono durante grande parte de seu segundo ato, o que me deixou um pouco entediado, eu confesso.
As performances da maioria dos atores, somadas à um terceiro ato memorável e muito bem construído me impedem de dizer que X-MEN é um filme ruim, pois os seus pontos fortes são MUITO FORTES. E os seus pontos fracos, apesar de numerosos, não são tão grotescos.
Conclusão
Em suma, X-MEN é um filme de ação medíocre com personagens carismáticos e uma conclusão incrível. A FOX dedicou muito tempo e dinheiro para a construção desse longa, e confesso que o resultado final, apesar de ser satisfatório, passou longe de ser a adaptação que os filhos do átomo merecem
Mas eles conseguiram consertar a maioria desses defeitos na sua sequência, que é de longe a melhor da trilogia original, e até por isso eu não culpo a FOX pelas falhas desse primeiro capítulo, afinal de contas, era um produção extremamente experimental. Os erros da FOX vieram ao fim da saga, não no começo
Em nome da nostalgia, e até para conhecer melhor a história da Marvel Studios, eu recomendo pros amantes de filmes de heróis darem uma chance pro X-MEN original.
Pode não ser a história mais criativa ou memorável do gênero, mas merece o seu status como o pai do cinema de heróis moderno.
Ficha Técnica
Direção: Bryan Singer
Roteiro: David Hayter
Duração: 104 minutos
País: EUA
Gênero: Ação
Onde assistir: Disney Plus
Ano: 2000
Classificação: 14 anos
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