007 Contra o Satânico Dr. No | O início de James Bond

007 Contra o Satânico Dr. No | O início de James Bond

Por mais que 007, hoje, seja uma franquia sólida e com garantia de público, é necessário entender como tudo isso começou. O primeiro filme da franquia é “007 Contra o Satânico Dr. No”, o grande responsável por tudo que vemos hoje. Por mais que os filmes antigos sejam extremamente subestimados, vemos aqui um filme já bem velho, mas que funciona narrativamente bem. É natural estranhar como funciona a dinâmica dos anos 60 ou até de épocas mais recentes, mas são problemas que variam de indivíduo pra indivíduo.

Sendo assim, fica a critério do telespectador em relação à abordagem. Cenas de ação, atuação corporal, frases de efeito, clichês, são comuns nos filmes atuais. Porém, precisamos nos situar à época, a diferença de cultura, tempo e costumes.

Desde já, levando tudo isso em consideração, podemos entender melhor como o filme funciona narrativa e artisticamente. O coração do filme com certeza é a interpretação de Sean Connery, a identidade dos agentes até hoje é baseada na sua versão junto a inúmeros filmes de ação. Um ator icônico para um personagem icônico. Mas a forma de contar a história e o estilo que o filme tomou, com certeza é extremamente original. Talvez, pros dias de hoje já esteja batido, mas levando em consideração que ele foi o criador e disseminador do estilo, o filme é muito mais agradável. Assim, podemos ver a criatividade dos criadores e a incrível execução da obra.

007 Contra o Satânico Dr. No

007: James Bond com Licença Para Matar

Por mais que o primeiro filme de 007 esteja cheio de diferenças comparando à atualidade, certas coisas contribuíram mais para o filme não ser tão bem visto hoje como deveria. Sabendo que estamos lidando com James Bond junto a sua permissão para matar, a época limitou bastante as cenas mais agitadas. Dessa forma, não podiam contar com efeitos especiais e, muito menos, com efeitos visuais (CGI). Ainda tecnologicamente limitados, a produção preferiu investir numa atuação mais corporal e, consequentemente, mais teatral que às vezes chega a ser cômico. Infelizmente, esse tipo de decisão, dependendo da imersão do indivíduo, pode retirar a sua proximidade com o personagem e, consequentemente, com o filme.

Assim, cenas mais “violentas” eram cortadas com muita insensibilidade, mortes teatrais dignas de peças de ensino médio e sangue e afins só apareciam em planos extremamente abertos. Isso, provavelmente, foi uma decisão financeira objetivando qualquer tipo de público, até mesmo os mais novos. Porém, é importante lembrar que, na época, as coisas não eram tão bem estabelecidas como hoje e precisavam lidar com tabus mais rígidos, o que justifica certas decisões.

Por fim, mesmo tendo limitações, acredito que é de extrema qualidade. O primeiro filme de 007 conseguiu envelhecer tão bem. Esse ano, a franquia 007 faz 60 anos de existência. Portanto, é inegável o sucesso por trás das obras e dos criadores, as limitações e falhas são esquecíveis quando mergulhamos num universo tão interessante e atemporal.

Avaliação: 4 de 5.

Título: 007 Contra o Satânico Dr. No
Diretor: Terence Young
Elenco: Sean Connery, Ursula Andress, Joseph Wiseman
Gênero: Ação/Aventura
Ano de lançamento: 1962

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