5 grandes livros de mulheres para mulheres

5 grandes livros de mulheres para mulheres

Nos últimos anos, o debate sobre o real significado do Dia Internacional das Mulheres se alavancou. A data é celebrada no dia 08 de março e tem origem dentro do movimento operário. No entanto, o centro da discussão se dá pela descaracterização desta base. Seria o dia das mulheres uma data de celebração ou o momento perfeito para lembrar da luta das mulheres ao logo dos últimos séculos? Atrelado a isso, há um aparente mistério que envolve o universo feminino. Para muitos, tentar entender a psique feminina é uma investigação absoluta tal qual um episódio estranho de Scooby Doo. Mas será que há, de fato, um esforço para a compreensão do dito universo feminino?

É uma tarefa árdua não perceber mulheres, afinal, este é o maior grupo populacional do Brasil considerando o gênero. No entanto, a tarefa de ignorar suas demandas parece muito fácil. E, talvez, o fato de não comadarem a sociedade possa ser a principal força motriz por trás disso.

Em se tratando de literatura, é difícil demarcar quando a figura feminina (não só dentro da perspectiva do autor, mas como quem conduz a história com suas próprias palavras) começa sua trajetória em meio a criação de narrativas. Mas também é certo que por muito tempo o direito de escrita foi dado, em sua maioria, aos homens. Mulheres tiveram muita dificuldade em conseguir contar suas próprias histórias no curso do tempo. Mas foram elas que fomentaram o caminho para perceber a literatura escrita por mulheres como ela é hoje.

Por isso, reunimos 5 livros escritas por mulheres sobre mulheres para você conhecer.

1- Kim Jinyoung, nascida em 1982

Editora: Intrínseca

Autoria: Cho Nam-Joo

Nº de páginas: 134

“Em um pequeno apartamento nos arredores da frenética Seul vive Kim Jiyoung. Uma millennial comum, Jiyoung largou seu emprego em uma agência de marketing para cuidar da filha recém-nascida em tempo integral — como se espera de tantas mulheres coreanas. Mas, em pouco tempo, ela começa a apresentar sintomas estranhos, que preocupam o marido e os sogros: Jiyoung personifica vozes de outras mulheres conhecidas — vivas e mortas. A estranheza de seu comportamento cresce na mesma proporção que a frustração do marido, que acaba aconselhando a esposa a se consultar com um psiquiatra.

Toda a sua trajetória é, então, contada ao médico. Nascida em 1982 e com o nome mais comum entre as meninas coreanas, Kim Jiyoung rapidamente se dá conta de como é desfavorecida frente ao irmão mimado. Seu comportamento sempre é vigiado e cobrado pelos homens ao seu redor: desde os professores do ensino fundamental, que impõem uniformes rígidos às meninas, até os colegas de trabalho, que instalam uma câmera escondida no banheiro feminino para postar fotos íntimas das mulheres em sites pornográficos. Aos olhos do pai, é culpa de Jiyoung que os homens a assediem; aos olhos do marido, é dever dela abandonar a carreira para cuidar da casa e da filha.

A vida dolorosamente comum de Kim Jiyoung vai contra os avanços da Coreia do Sul, uma vez que o país abandona as políticas de controle de natalidade e “planejamento familiar” — que privilegiava o nascimento de meninos — e aprova uma nova legislação contra a discriminação de gênero. Diante de tudo isso, será que seu psiquiatra pode curá-la ou sequer descobrir o que realmente a aflige?”

2- Herdeiras do Mar

Editora: Paralela

Autoria: Mary Lynn Bracht

Nº de páginas: 304

“Quando Hana nasceu, a Coreia já estava sob ocupação japonesa, e por isso a garota sempre foi considerada uma cidadã de segunda classe, com direitos renegados. No entanto, nada diminui o orgulho que tem de sua origem. Assim como sua mãe, Hana é uma haenyeo, ou seja, uma mulher do mar, que trabalha por conta própria seguindo uma tradição secular. Na Ilha de Jeju, onde vivem, elas são as responsáveis pelo mergulho marinho ― uma atividade tão perigosa quanto lucrativa, que garante o sustento de toda a comunidade.
Como haenyeo, Hana tem independência e coragem, e não há ninguém no mundo que ela ame e proteja mais do que Emi, sua irmã sete anos mais nova. É justamente para salvar Emi de um destino cruel que Hana é capturada por um soldado japonês e enviada para a longínqua região da Manchúria.
A Segunda Guerra Mundial estava em curso e, assim como outras centenas de milhares de adolescentes coreanas, Hana se torna uma “mulher de consolo”: com apenas dezesseis anos, ela é submetida a uma condição desumana em bordéis militares. Apesar de sofrer as mais inimagináveis atrocidades, Hana é resiliente e não vai desistir do sonho de reencontrar sua amada família caso sobreviva aos horrores da guerra”

3- Um teto todo seu

Editora: Todesilhas

Autoria: Virginia Woolf

Nº de páginas: 192

“Baseado em palestras proferidas por Virginia Woolf nas faculdades de Newham e Girton em 1928, o ensaio Um teto todo seu é uma reflexão acerca das condições sociais da mulher e a sua influência na produção literária feminina. A escritora pontua em que medida a posição que a mulher ocupa na sociedade acarreta dificuldades para a expressão livre de seu pensamento, para que essa expressão seja transformada em uma escrita sem sujeição e, finalmente, para que essa escrita seja recebida com consideração, em vez da indiferença comumente reservada à escrita feminina na época.”

4- Quarto do Despejo

Editora: Ática

Autoria: Carolina Maria de Jesus

Nº de páginas: 200

“O diário da catadora de papel Carolina Maria de Jesus deu origem à este livro, que relata o cotidiano triste e cruel da vida na favela. A linguagem simples, mas contundente, comove o leitor pelo realismo e pelo olhar sensível na hora de contar o que viu, viveu e sentiu nos anos em que morou na comunidade do Canindé, em São Paulo, com três filhos.”

5- A cor púrpura

Editora: Penguin-Companhia

Autoria: Alice Walker

Nº de Páginas: 288

“Obra-prima da premiada escritora Alice Walker, A cor púrpura conta a história de Celie, uma mulher negra que vive no Sul rural dos Estados Unidos, durante o período de segregação racial. A jovem sofre os mais diversos tipos de violência de seu padrasto e do homem com quem é obrigada a se casar. Mas sua vida muda consideravelmente após a chegada de Shug Avery, amante de seu marido, que a ajuda a descobrir mais sobre si mesma.

Abordando a desigualdade entre os gêneros, o racismo, a misoginia e a desigualdade social, a narrativa é construída por meio das cartas escritas por Celie a Deus e a sua irmã, Nettie, de quem foi obrigada a se separar. A linguagem utilizada por Alice Walker é extremamente lírica, em consonância com a grande marca da protagonista: sua extrema sensibilidade e delicadeza, que resistem às situações adversas em que vive.”

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