Crítica | A Líder do Bling Ring: Os Roubos de Hollywood Hills (HBO Max)

Crítica | A Líder do Bling Ring: Os Roubos de Hollywood Hills (HBO Max)

Novo documentário da HBO Max, A Líder do Bling Ring: Os Roubos de Hollywood Hills estreou na plataforma na última semana. Com direção de Erin Lee Carr, a obra conta a história do grupo que cometeu roubos em casas de celebridades em meados dos anos 2000. Apesar da diretora contar a história do grupo sob o olhar da suposta líder, o documentário não deixa de ser no mínimo, desinteressante.

Assim sendo, no documentário vemos uma entrevista franca e inédita com Rachel Lee, a suposta mentora adolescente por trás de uma série de roubos de celebridades de alto nível em 2008 e 2009. A Líder do Bling Ring: Os Roubos de Hollywood Hills examina as motivações de Lee e um grupo de seus amigos que invadiram casas de celebridades em Hollywood para saquear e roubar, explorando as possíveis razões por trás de suas ações. Incluindo problemas de saúde mental e vícios, bem como o clima de excesso de celebridades que alimentou os adolescentes, recontextualizando os acontecimentos por trás das manchetes sensacionalistas.

Vale a pena?

Vamos ser diretos aqui, o documentário além de ser desinteressante, é desencessário. Os crimes ficaram muito famosos nos Estados Unidos, e muitas pessoas fizeram do bando de adolescentes mimados, personagens que desafiaram algum tipo de sistema. A única questão nova desta produção, e que foi a motivação da diretora revirar o caso, foi a concordância de Rachel Lee, suposta líder do grupo, em ser o fio condutor do documentário. Isso porque, segundo ela mesma diz, o objetivo dela nunca foi ficar famosa ou ser bajulada por conta de uma série de crimes. Essa acaba sendo a primeira vez que Lee fala sobre os crimes que cometeu, e sobre o que a motivou.

O mais surreal quando Lee entre na parte das motivações, é descobrir que o que ela chama de ”circunstâncias difíceis”, contém mais possibilidades do que alguém que realmente passa por essas circunstâncias difíceis. E sinceramente, em nenhum momente é possível sentir empatia por alguém ali. Um bando de adolescentes mimados, que olhe só, cresceram sob ”circunstâncias difíceis” em Calabasas, uma das regiões mais ricas de Los Angeles. Que por preguiça e falta de senso, roubaram para simplesmente ostentar e se acharem maiorais.

O crime em si não possuí nenhuma complexidade, e demorou para a polícia os prender. O fundo psicológico que a diretora quer passar, falha no momento em que a empatia pela documentada não existe. Quem realmente sofreu na história, e que nos faz ter algum senso de compaixão, são os pais da jovem. Entretanto, com excessão do pai, esse lado é pouco explorado de forma concisa, e mesmo os takes com o pai da jovem, soam muito breves e simples.

Por fim, o documentário soa mais como uma forma de recontar uma história (contada inúmeras vezes, inclusive com um filme), mas que não apresenta nenhuma novidade.

Trailer do filme

Avaliação: 2 de 5.

Ficha Técnica

Direção: Erin Lee Carr
Roteiro: Erin Lee Carr
Duração: 95 minutos
País: Estados Unidos
Gênero: Documentário
Ano: 2023

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