Após uma temporada controversa, com histórias se repetindo mesmo a todo instante; e que nem mesmo com a chegada do irmão gêmeo de Lucifer, Miguel, obtivemos um avanço na história. Temos então a chegada da segunda parte da quinta temporada da série, que veio para responder todas as dúvidas e teorias que surgiram após a intervenção de Deus na briga dos irmãos Amenadiel, Lúcifer e Miguel (Michael).
Dessa forma, somos apresentados ao Todo-Poderoso criador do universo, interpretado por Dennis Haysbert. O personagem chega de forma exemplar, buscando sanar os problemas dos filhos. No entanto, somos surpreendidos com a personificação do personagem que mesmo com toda a sua bondade e lucidez, fica bem claro que nunca foi um bom pai para com seus filhos.
Além disso, a interação do elenco acerta em cheio ao modo com que cada personagem interage com a presença de Deus. De forma descontraída, tímida, embaraçosa ou reverente, cada interação era um ponto a mais que a série fazia.
Com o avançar dos episódios, adentramos cada vez mais na história e somos conduzidos para a trama principal. Que como já vista no trailer, é a aposentadoria de Deus como ser supremo. Dessa forma, com o trono desocupado, voltamos a premissa da primeira parte da temporada, o embate entre Miguel e Lucifer. Nesse sentido, a série não perde o seu ritmo, e prende o telespectador do início ao fim.
Mas e qual o papel dos humanos na trama?
No entanto, a série não só trata das questões “celestiais”, mas também das questões “mundanas”. Como já conhecido por todos os fãs, os famosos casos que cabem a Detetive Decker e Lucifer solucionarem, não surpreendem, mas como usual, servem na dualidade do personagem principal. Ou seja, esses casos, mesmos que simples, ajudam na percepção de Lucifer em como executar tais funções e responder questões da sua vida.
Além disso, temos ótimas interações e funções para cada um dos personagens secundários. Mazikeen continua sua busca por uma alma; Ella Lopez fica traumatizada após descobrir que seu namorado era um serial killer, e chega a duvidar da sua fé e papel de vida, e dessa forma temos um interessante papo entre ela e Deus, mesmo ela não sabendo quem ele é; Linda continua como a sábia do “rolê”, mas ganha destaque em dois momentos, quando intervém na discussão de Deus e Lucifer, e quando sua filha biológica reaparece; Já quanto à Dan Espinoza, ele finalmente tem seu merecido destaque na série, ganhando até um episódio focado só nele.
E qual o papel da Chloe?
Como já foi apresentado anteriormente, Chloe foi um presente de Deus para Lucifer. Essa proposta segue firme nessa temporada, e ao final, percebemos que realmente, Deus tinha/tem tudo planejado. A personagem possui um papel essencial na evolução de Lucifer e consequentemente na luta final que definirá o dono do trono que antes pertencia a Deus.
Por fim, a temporada consegue prender e até emocionar em alguns momentos; a evolução de vários personagens é muito bem feita; e os efeitos estão de parabéns. No entanto, nem tudo é flores na série, ela se perde em alguns clichês; possui alguns episódios que parecem ser mais fillers do que realmente progredindo a história; e no ápice da temporada, que deveria mais prender a atenção, possuímos uma certa “enrolação” que faz a cena perder o ritmo e consequentemente a empolgação para tal embate.
Nota: 4/5
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