Crítica – O Mundo Sombrio de Sabrina

Crítica – O Mundo Sombrio de Sabrina

A quarta parte de o O Mundo Sombrio de Sabrina chega no dia 31 de dezembro. Com a promessa de ser o fim de uma das séries mais queridas do público adolescente da plataforma. O show tinha tudo: adolescentes, terror, carisma e uma fórmula que fazia sentido. Tudo isso poderia fazer com que esperássemos grandes coisas, já que o último episódio da terceira parte nos deixou com várias perguntas e temendo sobre o futuro da nossa bruxinha adolescente. Mas nem tudo são flores…

Divulgação/Netflix

Ao começar a ver os novos episódios, percebemos que Roberto Aguirre-Sacasa, o criador do show, queria fazer algo diferente, queria ousar. Cada episódio tem o seu próprio vilão e isso é o primeiro ponto negativo da história. Não dá tempo de processar tudo e os personagens acabam não ganhando história.

Como são 8 episódios com mais de uma hora de duração cada, assistir tudo de uma vez se torna cansativo e até mesmo triste, já que conseguimos entender que tudo vai fechar em um episódio para o próximo vilão.
O que incomoda ainda mais em toda essa temporada, são as repetições de cenas que já vimos em outras temporadas com personagens diferentes e a apresentação de muitas histórias de modo corrido já que tudo precisa se fechar em um único episódio.

Do primeiro ao quarto episódio nem parece que Sabrina abriu um buraco no tempo e que tudo encaminhava para um paradoxo temporal. O Inferno é literalmente “esquecido no churrasco” até o episódio 5 e faz você questionar o motivo de perder a oportunidade de trabalhar a Sabrina no Inferno e todo esse novo estilo de vida. Principalmente o tão temido Lúcifer, que se torna um completo bobo da corte durante toda a temporada. Não parece como alguém que era temido por todos. Ficou velho, chato, caricato e, até mesmo, ultrapassado. Culpa do roteiro.

Se ousassem focar essa temporada na dualidade da Sabrina e principalmente na Sabrina Morningstar, é provável que a crítica seria totalmente diferente. Por isso não resta dúvidas em dizer que o episódio 7 é o melhor de toda a temporada. Não apenas pela sensação de nostalgia, mas também pelo resgate do sombrio que estava presente nas três primeiras partes. Uma salva de palmas para as atuações de Kiernan Shipka e Chance Perdomo, eles são ótimos juntos e provavelmente a única coisa que salvou durante essa temporada. Porém, só eles não conseguem levar pra frente, já que o roteiro é totalmente pobre e cheio de furos com saídas muito fáceis

É muito triste ver um final tão decepcionante e sem sentido, para uma personagem tão incrível, divertida e corajosa. O legado de Sabrina deixa a desejar e termina com muitas perguntas, mesmo que tenha de fato tido um final (acredito eu, não satisfatório). Resta saber se teremos a finalização em quadrinhos mesmo ou o criador do show irá apenas fingir que nada aconteceu e deixar tudo o que poderia ter sido num limbo. Existiam infinitas chances de ter terminado melhor, mas infelizmente O Mundo Sombrio de Sabrina tem um final amargo e com muitas frustrações.

Crítica por:
Mariana Andrade

Jornalista e influenciadora geek nas horas vagas. Gosto de quadrinhos e todo o universo das séries. Taurina com ascendente em teorias!

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