Poucas histórias tem um impacto tão forte, como aquelas que assistimos quando criança e jamais nos esquecemos… Sabe aquele momento em que bate uma onda de nostalgia e as lembranças dos bons momentos da infância vêm à mente acompanhados de muitas emoções? É assim que me sinto ao ver Ponte para Terabítia.
No longa, Jess Aarons (Josh Hutcherson) é um garoto solitário que tem quatro irmãs e praticamente nenhum amigo. Seus pais também não lhe dão muita atenção. Na escola, ele sofre com as brincadeiras das outras crianças. Por isso, não esperava encontrar na nova vizinha Leslie Burke (AnnaSophia Robb) uma grande amizade.
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Os dois se tornam amigos inseparáveis, uma vez que o talento dele para o desenho é perfeito para combinar com a capacidade da garota para inventar histórias. Juntos, criam um mundo fantástico longe de suas realidades.
Um dia, quando atravessam um lago, os dois amigos encontram um caminho na floresta e vão parar no mundo secreto de Terabítia, onde uma casa em cima de uma árvore se torna o castelo, e os dois amigos, rei e rainha. No entanto, esse não é um mundo apenas de divertimentos. Criaturas estranhas e perigosas começam a surgir e ameaçar a vida e o reinado dos dois amigos.
Vale a pena?
Bem, vamos começar com um fato. Ponte para Terabítia não é o tipo de filme que eu geralmente me interessaria, mas eu realmente gostei.
Magnificamente adaptado no imensamente popular romance baseado em fatos de Katherine Paterson, Ponte para Terabítia é um exemplo clássico de como um filme de Hollywood pode ser ótimo quando trata personagens infantis como indivíduos complexos e não como caricaturas.
O longa é sem dúvidas uma fantasia infantil sedutora e cheia de invenção. Excelentes atuações das estrelas mirins que conduzem o filme e que mergulham no mundo da imaginação, fuga e contorno de realidades desagradáveis. Os elementos incrivelmente trágicos do filme são quase sombrios demais para o público mais jovem, mas trazem lições significativas de moralidade, valores e um reconhecimento da importância de amizades improváveis.
Os produtores criaram um trabalho encantador, cheio de suspense e magistral que vai muito mais fundo do que a maioria dos filmes desse gênero antes ou depois. O maior benefício do filme pode ser apenas seus temas e moral instigantes que devem ser mais fáceis de assistir do que discutir, especialmente com crianças.
Ponte para Terabítia é aquele raro filme familiar cheio de confiança e inteligência, que lhe confere a distinção de ser o melhor filme de 2007 até agora em seu gênero. O longa arriscou onde não era necessário e todas essas apostas valeram a pena. Assisti-lo fará de você um ser humano melhor.
Por fim, graças aos seus toques sutis e ao forte desenvolvimento do personagem, Ponte para Terabítia não é apenas divertido para a família, mas também para quem quer deixar a realidade para trás por um tempo.
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Ficha Técnica
Direção: Gabor Csupo
Roteiro: David Paterson e Jeff Stockwell
Duração: 91 minutos
País: Estados Unidos
Gênero: Drama
Ano: 2007
Classificação: Livre
