Crítica | Velozes e Furiosos 9: Nostálgico e Exagerado

Crítica | Velozes e Furiosos 9: Nostálgico e Exagerado

Neste ano, completa-se 20 anos da estreia do primeiro filme da franquia e isso é extremamente significativo, visto que Velozes e Furiosos é tida por muitos como uma franquia desgastada. Contudo, ela está mais firme do que nunca. Tendo até então mais dois filmes confirmados.

Finalmente tivemos a estréia do nono filme da franquia, que tinha o desafio de trazer elementos novos para essa franquia que, até então, já tinha visto e usado de tudo em questão de roteiro e trama. E nisso o filme teve êxito total. Conseguindo surpreender trazendo personagens antigos e queridos de volta, e dando palco para o irmão até então desconhecido, Jakob Toretto. Talvez o trailer ter revelado o retorno do Han, deveria ser um indicativo de que mais personagens antigos estariam de volta. Fato é que houve muita nostalgia e, pra quem é fã, isso não tem preço.

Porém de acertos tivemos poucos. Além do já citado acima, as cenas de ação empolgam, apesar dos absurdos. Por absurdo, entenda que eles extrapolaram o limite das leis da física e do aceitável. Os diretores dos últimos filmes da franquia chegaram num ponto em que rasgaram a lógica e ligaram o dane-se.

De fato, essa é minha maior crítica. Até o próprio filme traz isso com um tom de ironia, essa questão de que nada acontece com os protagonistas. Pessoas tomam 14 tiros e não morrem, carros capotam e as pessoas saem sem nenhum arranhão. Mísseis são atirados e acertam qualquer coisa, menos o alvo.

Também tivemos uma trama bem fraca e batida. Um vilão relacionado a espionagem que quer tecnologicamente causar caos no mundo. A diferença é que tínhamos em ‘Cena‘, um John que interpretava o irmão desconhecido da família Toretto. Fomos apresentados de cara ao acidente que matou o pai do Dom, explorando algo que já devia ter sido mostrado há muito tempo. Porém os flashbacks excessivos causam uma sensação de estar assistindo uma novela mexicana. E o fato do Jakob ter que aparecer, minou as possibilidades da Cipher, interpretada por uma ótima Charlize Theron ter agregado mais a trama.

Ao menos o meme chegou às telonas. Só faltavam eles irem pro espaço. E pasmem, realmente foram. Em uma cena mal explorada, pois ir ao espaço merecia um zelo melhor dos roteiristas, um potencial enorme pra ser uma cena marcante. Cena essa que, apesar de ser a salvação do mundo na trama, serviu apenas de mais um alívio cômico.

Entre ressurreições e referências, muita ação e surrealismo, Velozes e Furiosos 9 mostra que há capacidade para se reinventar dentro da própria franquia, mas que os produtores não querem. Podemos esperar daqui pra frente, mais do mesmo e com cada vez mais ironias e cenas de ação que desafiam a lógica e gravidade.

Por fim, fica a sensação de uma boa história que com a dedicação certa poderia ter sido melhor desenvolvida. Mas é compreensível que depois de 20 anos de saga, o pensamento de “menos é mais” se torne absoluto. Agora resta aguardar como será o desfecho da franquia (se ela realmente acabar).

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