Empresa de Cyberpunk 2077 é acusada de ter criado demo falsa para a E3 de 2018

Empresa de Cyberpunk 2077 é acusada de ter criado demo falsa para a E3 de 2018

Cyberpunk 2077 foi um jogo aguardado por 8 anos pelo público do videogame. Antes de seu lançamento no dia 10 de dezembro de 2020, já tinha vendido tantas cópias por conta da expectativa do público que chegou a mais de 13 milhões de cópias pelo mundo.

Se tornando um dos jogos mais frustrantes dos últimos tempos, por conta de vários problemas. Infelizmente, Cyberpunk nos revelou mais algumas decepções nesta semana.

De acordo com uma investigação do jornalista Jason Schreier, para o Bloomberg, após ele ter contato com alguns funcionários ex-desenvolvedores da CD Projekt, foi relatado que os gestores do jogo simplesmente não deram importância para os funcionários que estavam trabalhando mais de 13 horas por dia no estúdio. Que pediram mais tempo para o desenvolvimento, pois a intenção era de que o lançamento fosse em 2022 e não tão cedo quanto o esperado. Mesmo com o pedido dos funcionários, justificaram aos mesmos envolvidos, com o falso positivismo, de que como eram os criadores de The Witcher 3, com certeza terminariam em sucesso no lançamento.

E para piorar, com a pandemia entrando com tudo, obrigou os funcionários a trabalharem remotamente em suas respectivas residências. Fazendo aqueles que tinham a obrigação de procurar os erros superficiais e mais graves, não possuíam acesso ao XBOX ONE, nem o Playstation4 e sequer um certo apoio da empresa para tal análise e investigação.

Sendo justificado do porque as versões de consoles foram tão criticadas e não rodavam com fluidez no leitor de disco, diferente na versão pra PC, que possuiu alguns erros menos graves e menos alarmantes. Mas ainda assim, estavam presentes ali os tais bugs.

“O que deu errado com o Cyberpunk 2077? Entrevistas com mais de 20 funcionários da CD Projekt atuais e antigos pintam um quadro complexo. Ambição descontrolada, problemas técnicos, prazos irrealistas e, acima de tudo, uma crença: ‘Nós fizemos The Witcher 3 – vai dar certo’.” disse Jason Schreier em seu twitter.
Ele continuou criando um segundo tweet afirmando: “Os desenvolvedores da CD Projekt disseram que, apesar das promessas de que o crunch não seria obrigatório, eles se sentiram pressionados a trabalhar horas extras durante anos. Não posso compartilhar todas as histórias, mas aqui está uma no registro que pode ajudar a explicar por que é irritante ver as pessoas minimizarem a crise do CDPR”. E continuou: “Os desenvolvedores da Anthem falaram sobre a “mágica do BioWare” – uma crença inabalável de que com bastante trabalho duro e esforço, seus jogos iriam se juntar. CD Projekt era semelhante. Quando questionados sobre prazos irreais, os diretores diziam que ficariam bem. Afinal, eles fizeram o The Witcher 3″
“Alguns petiscos que foram cortados da peça:
Os desenvolvedores veteranos de outras empresas ficaram chocados com a produção gratuita do CDPR. Um exemplo: se alguém precisasse de um sombreador, ele o faria, sem pipeline para determinar se alguém já fez um com a mesma função” disse.
E conclui: “Um desenvolvedor de CDPR disse a seu gerente que não queria trabalhar horas extras, pois seu CEO havia dito que não havia problema. Tudo bem, disse o gerente, mas um dos outros colegas de trabalho teria apenas que trabalhar horas extras para compensá-los. Vários outros desenvolvedores compartilharam histórias semelhantes”

É de se surpreender que uma empresa mudar o foco principal do jogo (uma versão em terceira pessoa para primeira) de última hora e agir com tanto comodismo e procrastinação. De acordo com o antigo programador de áudio, Adrian Jakubia, as desculpas eram sempre que o problema seria resolvido com o tempo que eles fossem avançando.

Assim, o que mais deixou muitos revoltados é que a demo apresentada na E3 2018 era quase toda falsa, não mostrando a qualidade e potencial real que o jogo estava em seu desenvolvimento. Tanto que alguns desenvolvedores lastimaram que foram tempos desperdiçados de programação para apresentar algo irreal ao publico.

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