Crítica | Infiesto (Netflix)

Nova produção original da Netflix, Infiesto, longa espanhol dirigido por Patxi Amezcua, traz a tona a loucura humana em meio a pandêmia de Covid-19. O filme, que teve uma boa recepção até aqui, vem fazendo a cabeça de alguns, por conta de sua trama, a lá Sherlock Holmes.

Com a pandêmia sempre em contexto, e dando pano de fundo ao longa, acompanhamos aqui dois detetives, que, ao investigarem as circunstâncias do desaparecimento de uma jovem, descobrem uma rede de outros adolescêntes sumidos, e pior, se deparam com algo maior que a própria pandêmia.

Vale a pena?

Infiesto é um longa que ousa, mas que ousa as vezes demais. O filme consegue passar sua dose de mistério, mas no final, tudo que ele constrói de bom, acaba se perdendo num roteiro morno, que cai em algumas coisas clichês. Patxi Amezcua vem se tornando um rosto da Netflix, a jovem diretora, consegue guiar seu filme, de forma que ele te passa a sensação, que o mistério ali, é muito maior, e mais complexo.

Questão recorrente, principalmente, em suas obras originais, a Netflix aqui, consegue um acerto. Sempre prezando pela quantidade, e não pela qualidade, a plataforma parece ter encontrado, pelo menos em solo europeu, uma boa contribuidora.

Infiesto no fim, consegue te entregar uma história honesta. Que, mesmo tendo erros, se direciona em caminhos seguros, mesmo sendo previsiveis, Infiesto consegue agradar. E seu elenco, entrega aquilo que é proposto, sem se aventurar, muito menos soar exagerado. O longa vale a sua conferida.